Fernando Paulo Ferreira
"Há diversidades de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidades de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. A um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo espírito, fé; a outro, pelo mesmo Espírito, dons de curar; a outro, a operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas, e a outro, interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer" (1 Coríntios 12:4-11).
Imagine esta cena: numa orquestra todos os instrumentos estão afinados para que produzam harmoniosamente os sons que o maestro deseja. Porém, um deles resolve tocar por si mesmo um acorde que não está no "script". O maestro repreende o tocador, tentando fazer com que volte ao tom original. O estrago já foi feito, todos ouviram um som estranho, alguns vaiam, outros se retiram envergonhados por jogar seu dinheiro fora.
A mesma coisa Deus deseja da sua igreja. Ele deseja que todos vivam harmoniosamente entre si, falando sempre a mesma língua, tendo o mesmo modo de pensar, cada um em seu lugar que foi determinado pelo Espírito Santo, seja no púlpito, nos bancos, nas cadeiras, na cantina, no escritório, nas portas. Todos nós somos como instrumentos tocados pelo Espírito Santo para que a igreja funcione bem, cresça na graça e no conhecimento de Deus.
Porém, como somos humanos e falhos, sempre haverá aquele instrumento rebelde, que insiste em pensar de outra maneira, achando que o sistema atual é falho, enfadonho e antiquado. Resolve, por si mesmo adotar idéias que as empresas seculares adotaram, ao importar de fora para aumentar as vendas de seus produtos.
Este instrumento precisa de disciplina. A orquestra não gira em torno dele. Mas sim, ele faz parte da orquestra e a orquestra é maior do que ele. O Instrumentista tenta afiná-lo para que toque o som desejado. Para isso, a dor é inevitável. Cabe ao instrumento aceitar ou não a correção. Se aceitar, será perdoado, porém, se não aceitar, será dito como "pecador e publicano". Será excluído da igreja. Mas o Instrumentista sempre manterá as portas abertas para que, caso deseje, o instrumento rebelde volte e se humilhe perante o Instrumentista.
Cada um tem um dom diferente, e cada dom é dado para o que for útil. Nenhum instrumento é melhor do que o outro, nenhum dom que cada instrumento tem é melhor que o outro. Todos os dons foram dados para que a igreja de Deus tenha harmonia. Todos os instrumentos da orquestra tocam o som que o instrumentista deseja que toque. Todos os instrumentos foram afinados pelo mesmo Instrumentista.
Deus, o nosso instrumentista, deseja que nós, seus instrumentos, exerçamos com sabedoria os dons que ele nos deu, através do seu Espírito Santo, sempre para sua honra e glória até a volta do nosso Senhor Jesus Cristo.
Um forte abraço!
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