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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fanáticos ou Defensores da Verdade?


John Kennedy


Em tempos como o nosso é fácil alguém parecer fanático, se mantém uma firme convicção sobre a verdade e quando se mostra cuidadoso em ter certeza de que sua esperança procede do céu. Nenhum crente pode ser fiel e verdadeiro nesses dias, sem que o mundo lhe atribua a alcunha de fanático. Mas o crente deve suportar esse título. É uma marca de honra, embora a sua intenção seja envergonhar. É um nome que comprova estar o crente vinculado ao grupo de pessoas das quais o mundo não era digno, mas que, enfrentando a ignomínia por parte do mundo, fizeram mais em benefício deste do que todos aqueles que viviam ao seu redor. O mundo sempre sofre por causa dos homens que honra. Os homens que trazem misericórdia ao mundo são os que ele odeia.

Sim! Os antigos reformadores eram homens fanáticos em sua época. E foi bom para o mundo eles terem sido assim. Estavam dispostos a morrer, mas não comprometeriam a verdade. Submeter-se-iam a tudo por motivo de consciência, mas em nada se sujeitariam aos déspotas. Sofreriam e morreriam, mas temiam o pecado. Esse fanatismo trouxe liberdade para a sua própria terra natal, como bem demonstra o exemplo dos reformadores escoceses. O legado deixado por esses homens . cujo lar eram as cavernas na montanha e cuja única mortalha era a neve, que com freqüência envolvia seus corpos quando morriam por Cristo . é uma dádiva mais preciosa do que todas as oferecidas por reis que ocuparam o trono de seus países ou por todos os nobres e burgueses que possuíam suas terras. Sim, eles eram realmente fanáticos, na opinião dos zombadores cépticos e perseguidores cruéis; e toda a lenha com a qual estes poderiam atear fogueiras não seria capaz de queimar o fanatismo desses homens de fé.


Foram esses implacáveis fanáticos, de acordo com a estimativa do mundo, que encabeçaram a cruzada contra o anticristo, quando na época da Reforma desceu fogo do céu e acendeu em seus corações o amor pela verdade. Esses homens, através de sua inabalável determinação, motivados por fé viva, venceram em épocas de severas provações, durante as quais eles ergueram sua bandeira em nome de Cristo. Um lamurioso Melanchthon teria barganhado o evangelho em troca de paz. A resoluta coragem de um Lutero foi necessária para evitar esse sacrifício. Em todas as épocas, desde o início da igreja, quando a causa da verdade emergiu triunfante sobre o alarido e a poeira da controvérsia, a vitória foi conquistada por um grupo de fanáticos que se comprometeram solenemente na defesa dessa causa.


Existe hoje a carência de homens que o mundo chame de .fanáticos.. Homens que possuem pulso fraco e amor menos intenso pouco farão em benefício da causa da verdade e dos melhores interesses da humanidade. Eles negociarão até sua esperança quanto à vida por vir em troca da honra proveniente dos homens e da tranqüilidade resultante do comprometimento do evangelho. Há muitos homens assim em nossos dias, mesmo nas igrejas evangélicas e na linha de frente do evangelicalismo; homens que se gloriam de uma caridade indiscriminada em suas considerações, de um sentimento que rejeita o padrão que a verdade impõe; homens que aprenderam do mundo a zombar de toda a seriedade, a queixarem- se da escrupulosidade de consciência e a escarnecer de um cristianismo que se mantém através da comunhão com os céus! Esses têm os seus seguidores. Um amplo movimento emergiu afastado do cristianismo vital, de crenças fixas e de um viver santo. As igrejas estão sendo arrastadas nessa corrente. Aproxima- se rapidamente o tempo em que as únicas alternativas serão ou a fé viva ou o cepticismo declarado.

Uma violenta maré se abate sobre nós nessa crise, e poucos mostram-se zelosos em resistir. Não podemos prever qual será o resultado nas igrejas, nas comunidades e nos indivíduos, tampouco somos capazes de tentar conjeturá-lo sem manifestar sentimentos de tristeza. Contudo, uma vitória segura é o destino da causa da verdade. E, até que chegue a hora de seu triunfo, aqueles que atrelaram seus interesses à carruagem do evangelho perceber ão que fazem parte de um grupo que está diminuindo, enquanto avançam até àquele dia; seu sentimento de solidão se aprofundará, enquanto seus velhos amigos declinarão à negligência, a indiferença se converterá em zombaria, e as lamúrias se transformar ão em amarga inimizade. Eles levarão adiante a causa da verdade somente em meio aos escárnios dos incrédulos e às flechas dos perseguidores.


Mas nenhum daqueles que amam a verdade . aqueles cujos olhos sempre descansaram na esperança do evangelho . deve acovardado fugir das provações. Perecer lutando pela causa da verdade significa ser exaltado no reino da glória. Ser massacrado até à morte, pelos movimentos de perseguição, significa abrir a porta da prisão, para que o espírito redimido passe da escravidão ao trono. Em sua mais triste hora, aquele que sofre por causa da verdade não deve recusar a alegria que os lampejos da mensagem profética trazem ao seu coração, quando brilham através das nuvens de provação. O seu Rei triunfará em sua causa na terra e seus amigos compartilharão da glória dEle. Todas as nações sujeitar-se-ão ao seu domínio. As velhas fortalezas de incredulidade serão aniquiladas até ao pó. A iniqüidade esconderá sua face envergonhada. A verdade, revelada dos céus, receberá aceitação universal e será gloriosa no resplendor de seu bendito triunfo aos olhos de todos.


Fonte: Editora Fiel


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Fala, Senhor!




Fernando Paulo Ferreira

“... naqueles dias a palavra do Senhor era muito rara; as visões não eram freqüentes.”  (1 Samuel 3:1)

Uma pessoa de certa denominação chegou-se a mim e disse:
— O Senhor Deus me falou em sonhos de noite, dizendo que você terá uma revelação esta noite. Tudo o que você tem que fazer é ir na minha denominação e entregar lá uma oferta generosa que a revelação vai acontecer.

Primeiro, não caio nessa. Porque com Deus não se negocia. A palavra de Deus está acessível a todo crente e não somente a alguns que se dizem profetas. Deus vai falar a cada um o que é certo através do Espírito Santo que habita em nós. Não necessitamos de intermediários, nem de rituais para que Deus nos fale. Ele mesmo nos resgatou, nos trata por filhos e fala diretamente a nós, como um pai fala com seus filhos.

Segundo, Deus não necessita mais de porta-voz na terra quando quer falar com seus filhos. O Espírito Santo fala a nós, diretamente, aquilo que ele ouviu de Deus. Ele nos ensina o caminho que devemos seguir, o que devemos fazer, o que devemos falar.

Deus nos usa como instrumentos para evangelizar aos incrédulos. É nesse caso que somos os porta-vozes de Deus. Isto porque os incrédulos não tem como ouvir a Deus, seus ouvidos estão fechados às suas palavras e também porque não tem o Espírito de Deus habitando dentro deles.

Jamais devemos colocar palavras na boca de Deus como se ele nos tivesse falado. Pecado grave é. Pois estamos levando palavras de nossos próprios sonhos e visões, dizendo que foi Deus quem nos falou quando ele nada nos falou.  Se você conversa com Deus através da oração, é certo que ele responderá da maneira que bem lhe parecer. Aí, então, você estará capacitado a fazer aquilo que Deus colocou em seu coração para falar, fazer ou para onde ir.

O profeta Jeremias alertou o povo da sua época contra aqueles que profetizavam palavras falsas dizendo ser de Deus.  Aqueles que profetizavam não tinham o Espírito Santo de Deus em seus corações. Portanto, as palavras ditas para o povo, soavam como músicas aos seus ouvidos, assim como as palavras dos falsos profetas dos dias de hoje.

Hoje também Deus levanta seus servos para alertar seu povo contra toda mentira proferida da boca dos falsos profetas que dizem falar em nome de Deus.  Ao mesmo tempo, ele levanta seus servos para pregar a palavra de arrependimento aos incrédulos. É isso o que Deus quer. Ele deseja que todos os homens se salvem e não pereçam em seus pecados. Por isso aqueles que aceitarem de bom coração suas palavras, ditas por seus servos com a ajuda do Espírito Santo, serão salvos. Aqueles que deixaram de ouvir suas palavras perecerão e levarão sobre si seus pecados.

Não aceite nenhuma profecia dita fora do contexto da palavra de Deus. Quando isso acontecer, faça você mesmo a pergunta a Deus se isso é verdade. Afinal, por que um Pai amoroso, que está sempre perto, bem ao nosso lado, encarregaria outra pessoa para nos entregar um presente? Deus não age assim. Se você realmente é abençoado com o dom do Espírito Santo, não necessitaria que outra pessoa venha falar em nome de Deus o que ele, provavelmente, nunca te falou.

Ele mesmo falará para você.

Por isso, e por outras coisas, a palavra de Deus é tão rara, e as visões não são freqüentes nos dias de hoje, porque os crentes, e principalmente, os líderes desenvolveram a preguiça espiritual de buscar na fonte de água viva sua inspiração, preferindo ouvir de outras pessoas, ler de outros livros, copiar de outros pastores.
Finalizando, precisamos dobrar nossos joelhos, pedir a Deus a direção, a inspiração, a sabedoria e as palavras certas para dirigir o rebanho e pregar a palavra aos que tem sede e fome espiritual.

Fala, senhor, que o teu servo ouve! (1 Samuel 3:10).

19/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O contraste entre o justo e o ímpio




Rev. Hernandes Dias Lopes


O livro dos Salmos é uma coletânea de cânticos, orações e lamentos do povo de Deus, escrito por vários autores, desde os dias de Davi até o período pós-cativeiro babilônico. Há mais de cem citações do livro de Salmos no Novo Testamento. Isso prova sua relevância na história da redenção. Esse livro tem sido uma fonte de consolo para a igreja de Deus ao longo dos séculos até aos dias atuais. 

O Salmo 1 é a porta de entrada deste, que é o maior livro da Bíblia. Destacaremos, aqui, três lições importantes deste Salmo. 

Em primeiro lugar, um contraste profundo é apresentado. O autor sagrado faz um profundo contraste entre o ímpio e o justo. Enquanto o ímpio é como uma palha que o vento dispersa, o justo é como uma árvore plantada junto à fonte. Enquanto o ímpio está seco espiritualmente, o justo tem verdor mesmo nos tempos de sequidão. Enquanto o ímpio não tem frutos que agradam a Deus, o justo produz frutos na estação certa. Enquanto o ímpio não tem estabilidade e é jogado de um lado para o outro pelo vendaval, o justo tem suas raízes firmadas no solo da fidelidade de Deus. Enquanto o ímpio tem suas obras reprovadas por Deus, o justo tem sucesso em tudo quanto faz. Enquanto o ímpio busca a roda dos escarnecedores, o justo se deleita na lei do Senhor. Enquanto o ímpio não terá assento na assembleia do santos nem prevalecerá no juízo, o justo será conduzido por Deus na história e recebido na glória. Enquanto o caminho do ímpio perecerá, o caminho do justo é conhecido por Deus. É tempo de você refletir sobre sua vida. Quem é você? Onde está o seu prazer? Onde está o seu tesouro? Em qual dessas duas molduras você pode colocar sua fotografia? Lembre-se: o ímpio pode parecer feliz, mas seu fim é trágico. Mas, o justo, mesmo passando por provas na vida, é bem-aventurado. 

Em segundo lugar, um caminho de felicidade é descortinado. A felicidade existe e pode ser experimentada. É legítima e compatível com a fé cristã. Essa iguaria especial da alma não se encontra no conselho dos ímpios, daqueles que se esquecem de Deus. Esse tesouro tão cobiçado não é encontrado no caminho largo dos pecadores nem mesmo na mesa, onde os escarnecedores rasgam a cara em ruidosas gargalhas prenhes de escárnio. Onde está a felicidade? Você é feliz em primeiro lugar, por aquilo que evita. Você sorve o néctar da felicidade quando tapa os ouvidos ao conselho dos ímpios, quando afasta seus pés do caminho dos pecadores e quando não busca um lugar junto à mesa na roda dos escarnecedores. Em segundo lugar, você é feliz por aquilo que você faz. Uma pessoa feliz nutre sua alma com os jorros benditos que emanam da lei de Deus. A felicidade está em alimentar a mente com a verdade de Deus e ser governado por essa verdade. Em terceiro lugar, você é feliz por quem você é. Uma pessoa feliz é como uma árvore frondosa, de folhas viçosas e frutos excelentes, que mesmo na adversidade, não perde sua beleza nem escasseia seus frutos. Uma pessoa feliz tem sucesso constante, uma vez que tudo quanto faz será bem sucedido. 

Em terceiro lugar, um juízo inevitável é anunciado. Os ímpios são aqueles que não levam Deus em conta. Esses não têm segurança diante das tempestades da vida e serão levados como a palha que o vento dispersa. Os pecadores são aqueles que deliberada e conscientemente andam na contramão da vontade de Deus e transgridem a lei de Deus. Esses, mesmo sendo religiosos e tendo seu nome no rol de membros de uma igreja não permanecerão na congregação dos justos. Os perversos são aqueles que, além de rejeitarem a verdade, escarnecem de Deus e zombam da fé cristã. Esses podem prevalecer no juízo dos homens, subornando os tribunais e amordaçando a justiça, mas jamais prevalecerão no juízo de Deus. Ímpios, pecadores e perversos podem vender uma imagem glamorosa do pecado e podem passar a imagem de que estão sorvendo todas as taças da felicidade, mas sua alegria é ilusória, sua vida é vazia e sua condenação no juízo é certa. É preciso abrir os ouvidos da alma para escutar a retumbante voz do salmista, quando conclui, dizendo: “Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá”.

Fonte: boletim n° 149 (recebido por e-mail)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Necessidades da vida


Max Lucado

A pergunta seguinte é uma das 172 perguntas e respostas do novo livro, Max on Life. 
Pergunta n°145:
Na maioria das minhas orações peço a Deus coisas que eu preciso todos os dias. Elas são necessidades legítimas. (Não estou pedindo a Deus para me tornar um milionário, apenas para me ajudar a pagar a hipoteca). Deus está realmente preocupado com as necessidades da minha vida?
“Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano” (Lucas 11:3).
O que é este pão cotidiano do qual Jesus fala, introduzido na Oração do Senhor? Uma fatia de pão italiano quente na minha porta todas as manhãs? Isso seria bom.
O pão é um alimento básico de toda cultura. De pães asmos a pães com fermento, o trigo tem sido misturado com água e com óleo e colocado sobre o fogo por todas as civilizações. O que é a primeira coisa que um restaurante leva antes da refeição? Pão. (Certo, talvez os restaurantes mexicanos não, mas aquelas tortilhas são feitas de trigo. Elas só estão fritas em óleo).
Mas que tal uma pequena mudança no cardápio diário: “Dá-nos hoje o nosso sorvete com lascas de chocolate moca cotidiano” ou “Dá-nos hoje o nosso caviar de baleia beluga cotidiano”?
Essas coisas são luxos, não necessidades. Desculpe, Deus não as promete.
O pão é uma necessidade valiosa, saborosa e bem-vinda, mas certamente não  é extravagante.
Jesus nos diz para pedirmos pelas necessidades da vida, mas ele promete supri-las?
Logo depois deste apelo pelo pão diário, também encontrado em Mateus 6, Jesus apresenta sua famosa passagem “Não se preocupem”: “Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?” (versículo 25). Deus cuida das aves, das flores e da grama e fornece o básico que elas precisam para existir (versículos 26-30). Por que nós não? Nós não somos mais importantes do que uma andorinha que faz ninho em celeiros, uma petúnia multiflora e uma folha de capim da Bahia?
Pode apostar uma fatia de pão doce fermentado que somos.
Nessa afirmação vem uma promessa de Deus de fornecer comida, roupa e bebida (versículos 25-34) à sua mais importante criação na terra. Mais uma vez o necessário.
Jesus nos diz para pedirmos, em seguida promete dar-nos o básico que precisamos para sobreviver.
Então não se preocupe; ore. Deus tem algo maravilhoso para nós assando no forno. Você consegue sentir o cheiro?

Notas:
Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques Almeida
Texto original extraído do site www.maxlucado.com

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Alegre-se e exulte pois você foi destinado para a glória




Rev. Hernandes Dias Lopes

O povo de Deus não tem apenas expectativa da glória, tem garantia dela. A glória não é uma conquista das obras, mas uma oferta da graça. O apóstolo Pedro trata deste momentoso assunto em sua Primeira Carta e nos ensina quatro grandiosas lições. 


1. O crente é nascido para a glória (1Pe 1.3,4) – Nós fomos regenerados para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Nascemos para uma herança incorruptível, sem mácula, e imarcescível, que está reservada nos céus para nós. Nascemos de novo, de cima, do alto, de Deus, para buscarmos as coisas lá do alto, onde Cristo vive. Não nascemos para o fracasso. Não nascemos para o cativeiro. Não nascemos para amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Não nascemos para fazer a vontade da carne nem para andar segundo o príncipe da potestade do ar. Nascemos para as coisas mais elevadas. Nascemos para a glória! 

2. O crente é guardado para a glória (1Pe 1.5) – Neste mundo cruzamos vales profundos, atravessamos pinguelas estreitas, palmilhamos desertos tórridos, enfrentamos inimigos cruéis. Essa caminhada rumo à glória não é amena. A vida cristã não se assemelha a um parque de diversões. Ao contrário, é luta sem pausa contra as trevas; é luta titânica contra o mal. Nessa caminhada rumo à glória pisamos estradas juncadas de espinhos e suportamos muitas aflições. Porém, Deus nunca nos desampara. Ele nunca nos abandona à nossa própria sorte. O apóstolo Pedro escreve: “vós sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.5). Louvado seja Deus, pois nascemos para a glória e somos guardados para ela. Vamos caminhando em sua direção de força em força, de fé em fé, sendo transformados de glória em glória.

3. O crente está sendo preparado para a glória (1Pe 1.6,7) – O crente exulta com a certeza da glória, mesmo sabendo que no caminho para ela é contristado por várias provações (1Pe 1.6). Nossa fé é um dom gratuito de Deus a nós, mas não é uma fé barata. Ela é mais preciosa do que ouro depurado pelo fogo (1Pe 1.7). Deus não apenas nos destinou para a glória, mas também nos prepara para ela. Nessa jornada bendita despojamo-nos continuamente dos trajos inconvenientes do pecado e nos revestimos das virtudes de Cristo. Deus não apenas nos destinou para a glória, mas também está nos transformando à imagem do Rei da glória (Rm 8.29). Estamos sendo preparados para sermos apresentados ao Noivo, como uma noiva pura, imaculada, santa e sem defeito. Isso redundará em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. 

4. O crente já se regozija na glória desde agora (1Pe 1.8,9) – Agora vivemos por fé e não pelo que vemos. Agora caminhamos sustentados pelo bordão da esperança de que Aquele que fez a promessa é fiel. É preciso dizer em alto e bom som que essa caminhada rumo à glória não é feita com gemidos e lamentos. Não cruzamos esse deserto rumo à terra prometida murmurando, assaltados por avassaladora tristeza. Ao contrário, há um cântico de júbilo em nosso peito. Há um grito de triunfo em nossos lábios. Há uma alegria indizível e cheia de glória transbordando do nosso coração. Assim escreve o apóstolo Pedro: “A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais, com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma” (1Pe 1.8,9). A alegria indizível e cheia de glória não é apenas uma promessa para a vida futura, mas um legado para o tempo presente. O evangelho que abraçamos é boa nova de grande alegria. O Reino de Deus que está dentro de nós é alegria no Espírito Santo. O fruto do Espírito é alegria e a ordem de Deus para a igreja é: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4). Que Deus inunde nossa alma dessa bendita alegria. Que as glórias inefáveis da Glória por vir já sejam desfrutadas por nós, aqui e agora, enquanto marchamos rumo à posse definitiva dessa mui linda herança.

Fonte: Boletim n° 148 (recebido por e-mail)