Ótimos títulos

domingo, 30 de janeiro de 2011

A fragilidade do apostolado moderno


João R. Weronka

É curioso observar como algumas igrejas evangélicas têm facilidade em aceitar novidades. E é triste verificar a falta de empenho dos cristãos em observar as Escrituras e analisá-las com sensatez e cuidado. Triste também é saber que poucas são as igrejas que motivam seus membros ao estudo sistemático da Bíblia, ao aprofundamento teológico, à formação de grupos de estudo e discussão sobre as doutrinas cristãs e que verifiquem na Bíblia se as coisas realmente são como é pregado. Aliás, não é pecado analisar se os ensinos e a pregação estão em conformidade com as Sagradas Escrituras (Atos 17.10-11).

Dentro desta miscelânea de revelações e novidades que temos observado, é importante expressar-se sobre o caráter das revelações: 1) as revelações nunca deverão ser colocadas acima da Bíblia. A Bíblia é a palavra final e autoridade máxima, já que se trata da inerrante Palavra de Deus; 2) Se a revelação está em desconformidade com a Bíblia, descarte imediatamente tal revelação. Deus não é Deus de confusão (1 Coríntios 14.33) As experiências pessoais não podem ser colocadas acima das Escrituras Sagradas, pois estas já contêm a revelação do propósito de Deus ao homem.

Nestes tempos de tantas novidades, algo chama atenção de maneira muito preocupante na história recente da igreja: trata-se do Apostolado Contemporâneo, ou Restauração Apostólica. Muitos têm se levantado como apóstolos nestes dias. Apóstolos ungindo apóstolos e criando uma hierarquia apostólica. Alguns pastores que, talvez por se sentirem menores que seus colegas de ministério que foram ungidos como apóstolos, ungem-se a si mesmos e se auto-proclamam apóstolos. Não há fundamento para o chamado ministério apostólico contemporâneo pelo simples fato do mesmo não possuir respaldo bíblico.

O termo

Segundo o Dicionário Bíblico Universal, o termo apóstolo “significa mais do que um "mensageiro": a sua significação literal é a de "enviado", dando a idéia de ser representada a pessoa que manda. O apóstolo é um enviado, um delegado, um embaixador” (Buckland & Willians, p. 35) . A Bíblia de Estudo de Genebra também aplica esta descrição, dizendo que apóstolo “significa emissário, representante, alguém enviado com a autoridade daquele que o enviou” (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1272).

A frágil sustentação

Aqueles que defendem esta frágil posição, têm se sustentado principalmente na má interpretação do texto de Efésios 4.11 para o uso do ministério apostólico para nossos dias. O texto de Efésios 4.11 diz: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”.

A refutação

As regras mais simples de hermenêutica nos ensinam que os textos sagrados nunca devem ser tirados de seu contexto. E no contexto da epístola de Paulo aos Efésios, temos no capitulo 2 o texto que prova que este ministério não mais existe. Antes de citar o texto, é importante refletir: quando um prédio é construído, o que é feito primeiro? As paredes ou a fundação da obra? É obvio que todo alicerce, toda fundação é feita em primeiro lugar. Não é possível construir as paredes e no meio das paredes fazer a fundação. Efésios 2.19-20 diz: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”.

Cristo é a pedra angular e os fundamentos foram postos pelos apóstolos e profetas. Os evangelistas, pastores e mestres são os responsáveis pela construção das paredes desta obra. Como bem explica Norman Geisler “De acordo com Efésios 2.20, os membros que formam a igreja estão "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas". Uma vez que o alicerce está pronto, ele não é jamais construído novamente. Constrói-se sobre ele. As Escrituras descrevem o trabalho dos apóstolos e dos profetas, quanto à sua natureza, como um trabalho de base” (Geisler, p. 375).

A Bíblia registra o uso do termo apóstolo a outros personagens. Russel N. Champlin explica que “há também um sentido não técnico, secundário, da palavra apóstolo. Trata-se de uma significação mais lata, em que o termo foi aplicado à muitas outras pessoas, nas páginas do NT. Esse sentido secundário dá a entender essencialmente missionários, enviados dotados de poder e autoridade especiais” (Champlin, p. 288, v. 3). Nesse sentido o Ap. Paulo chamou a alguns irmãos por apóstolos seguindo este termo não técnico:

Personagem Texto
Tiago, irmão do SenhorGálatas 1.19
EpafroditoFilipenses 2.25
Apolo1 Coríntios 4.9
Andrônico e JuniasRomanos 16.7

No contexto de Efésios 4.1, Paulo não estava se referindo a estes homens, mas sim aos 12, Matias (que substituiu Judas Iscariotes), e a si mesmo. Estes compunham, juntamente com os profetas, o fundamento da igreja (Efésios 2.19-20).

Existiam duas exigências fundamentais para que um apóstolo fosse reconhecido para tal função:

1) Ser testemunha ocular da ressurreição de Jesus Cristo (Atos 1:21-22; Atos 1.2-3 cf. 4.33; 1 Coríntios 9.1; 15.7-8);

2) Ser comissionado por Cristo a pregar o Evangelho e estabelecer a igreja (Mateus 10.1-2; Atos 1.26).

Assim como Matias, que passou a integrar o corpo apostólico por ser uma testemunha, Paulo, que se considerava o menor, por ser o último dos apóstolos, contemplou a Cristo no caminho de Damasco (Atos 9.1-9; 26.15-18), onde ocorreu o início de sua conversão. Ou seja, ambos preenchem os pré-requisitos para tal função. No entanto, os que se intitulam apóstolos em nossos dias não se encaixam nos padrões bíblicos que validam o apostolado.

É interessante que, enquanto o Ap. Paulo refere-se a si mesmo como “o menor dos apóstolos” (1 Coríntios 15.9), os atuais apóstolos tem por característica a fama e a ostentação do título. Tudo é apostólico! A unção é apostólica! Os eventos são apostólicos! As músicas são apostólicas! Nem de longe se assemelham com a humildade dos apóstolos bíblicos. Eventos, cultos e seminários se tornam mais interessantes quando a presença do Apóstolo Fulano é confirmada. É um chamariz: “venha e receba a unção apostólica diretamente do Apóstolo Beltrano”. Tais apóstolos têm se colocado como super-crentes, uma nova e especial classe da igreja, a elite cristã dos tempos modernos. Hoje existe de tudo um pouco neste balcão mercantil da fé: Apóstolo do Brasil, Apóstolo da Santidade, Apóstolo do Avivamento e até mesmo o mais popular apóstolo brasileiro, chamado por muitos por “Paipóstolo”.

Existem hoje ministérios com características apostólicas, no sentido das missões (envio) e no estabelecimento de igrejas. No entanto, isso não faz de ninguém um apóstolo nos padrões bíblicos. A forma como Wayne Grudem explica esse fato é muito esclarecedora: “Embora alguns hoje usem a palavra apóstolo para referir-se a fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e proveitoso, porque simplesmente confunde que lê o Novo Testamento e vê a grande autoridade ali atribuída ao ofício de ‘apóstolo’. É digno de nota que nenhum dos grandes nomes na história da igreja – Atanásio, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley e Whitefield – assumiu o título de ‘apóstolo’ ou permitiu que o chamassem apóstolo. Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título ‘apóstolo’, logo levantam a suspeita de que são motivados por um orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra pessoa deve corretamente ter”. (Grudem, p. 764).

É equivocado aplicar o termo “apóstolo” para ministros contemporâneos. A Bíblia de Estudo de Genebra concluí que “Não há apóstolos hoje, ainda que alguns cristãos realizem ministérios que, de modo particular, são apostólicos em estilo. Nenhuma nova revelação canônica está sendo dada; a autoridade do ensino apostólico reside nas escrituras canônicas” (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1272).

Tamanho o fascínio que os crentes possuem por essa Restauração Apostólica, gera preocupação nas lideranças mais sóbrias. Vale citar as sábias palavras de Augusto Nicodemus Lopes: “Há um gosto na alma brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos auto-nomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira.” (Lopes, cf. blog do autor).

Conclusão

Os ofícios que o Novo Testamento expõem para a igreja, para aqueles que compõem sua liderança, são: Apóstolos, Pastores (ou Presbíteros, ou Bispos – já que todos os termos representam a mesma função/ofício – Tito 1.5-7; Atos 20.17,28) e Diáconos. Esta Restauração Apostólica não encontra subsídio bíblico ou histórico, portanto, levando em conta este contexto, e considerando principalmente que Paulo foi o último apóstolo, conclui-se que não existem apóstolos em nossos dias. Cabe a igreja de nossos dias, exercer suas funções sem invencionices e modismos, seguindo o puro e verdadeiro Evangelho.

Referências:
Buckland, AR. e Willians, L. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: 2001. Editora Vida
Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo: 1999. Editora Cultura Cristã
Geisler, N. e Rhodes, R. Resposta às Seitas. Rio de Janeiro: 2004. CPAD.
Champlin, RN. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, v. 3 e 4. São Paulo: 2002. Hagnos
Grudem, W. Teologia Sistemática. São Paulo: 1999. Edições Vida Nova.
AGIR – Agência de Informações Religiosas – www.agirbrasil.com
Augusto Nicodemus Lopes - http://tempora-mores.blogspot.com

Fonte: http://www.irmaos.com/artigos/?id=1436?

LIÇÃO 3 – O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES




“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1: 5).

VERDADE PRÁTICA: Cremos na atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais, conforme prometeu o próprio Cristo e ensinaram os santos apóstolos nas escrituras.

LEITURA BÍBLICA: Atos 2:1-6, 12

INTRODUÇÃO

No Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, urge reafirmarmos este artigo de fé que nos tem caracterizado desde Daniel Berg e Gunnar Vingren: “Cremos na atualidade do batismo do Espírito Santo e dos dons espirituais”. Como não admitir uma realidade bíblico-teológica tão evidente? E como desprezar a experiência de milhões de crentes que, desde o Pentecostes, vêm recebendo o batismo com o Espírito Santo com a evidência inicial e física do falar em outras línguas?
Nesta lição, com o auxílio de Nosso Senhor, haveremos de mostrar quão sólidas são as bases bíblicas e teológicas do batismo com o Espírito Santo. Você já foi revestido do poder do alto? Já fala novas línguas? A promessa diz respeito a você também. Voltemos ao cenáculo. Jesus quer batizar a todos os que nEle creem.

I – O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

O teólogo pentecostal inglês Donald Gee (1891-1966), testemunha-nos acerca de sua experiência pentecostal: “Um louvor crescente afluía agora em minha alma, até que comecei a falar em outras línguas publicamente. Cantava muito em línguas. Toda a minha experiência cristã foi revolucionada”. Mas o que é o batismo com o Espírito Santo?

  1. O batismo com o Espírito Santo. Prometido pelo Senhor Jesus Cristo, o batismo com o Espírito Santo é o revestimento de poder que nos induz numa nova dimensão espiritual, habilitando-nos a proclamar o evangelho com mais eficácia, a devotar a Deus um amor mais ardente e sacrificial e a ter uma vida mais santa e irrepreensível (Lucas 24:49; Atos 1:8).
  2. A evidência inicial e física do batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é evidenciado pelo falar em outras línguas. Lucas realça o fato em pelo menos três ocasiões distintas (Atos 2:1-3; 10:45-48; 19:1-7).

II – FUNDAMENTOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Ao contrário do que supõem os inimigos da Obra Pentecostal, o batismo com o Espírito Santo não é uma prática destituída de doutrina; acha-se assentada num forte e inamovível fundamento bíblico-teológico. Os escritores do Novo Testamento referem-se ao derramamento do Santo Espírito nestes últimos dias que começaram no Pentecostes.

  1. Moisés. Pressionado pelos encargos de sua missão, Moisés queixa-se a Deus para que o alivie daquele insuportável fardo (Números 11:24,25). Responde-lhe o Senhor, então, que haverá de repartir-lhe o Espírito entre setenta varões idôneos e incorruptíveis. E os setenta puseram-se a profetizar, inclusive Eldade e Dedade, que se encontravam fora do arraial. Josué, porém, já enciumado pelo profeta, fez-lhe uma recomendação carente de oportunidade acerca de ambos: “Senhor meu, Moisés, proíbe-lho” (Números 11:28). Voltando-se para seu valoroso servo, o servo de Jeová repreendeu-o: “Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito!” (Números 11:29). Nessa passagem de Números, os israelitas já podiam ter um vislumbre, embora pálido, do que seria o Pentecostes.
  2. Isaías. Conhecido como o evangelista do Antigo Testamento, Isaías vaticina a efusão do Espírito Santo: “Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes” (Isaías 44:3).
  3. Joel. Ele recebe o justo epíteto de profeta pentecostal, descerra a História da Salvação e mostra a descida do Espírito Santo como a inauguração do período conhecido como os derradeiros dias: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” (Joel 2:28-32).
  4. João Batista. O predecessor de Nosso Senhor Jesus Cristo prediz o batismo com o Espírito Santo: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3:11).
  5. Jesus. O Filho de Deus promete a efusão do Espírito: E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele), de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1:4,5).

III – O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NA HISTÓRIA DA IGREJA

O batismo com o Espírito Santo não é um modismo teológico nem uma criação eclesial do século 20. É uma promessa feita pelo Pai, ratificada pelo Filho e operada pelo Consolador. A história da Igreja Cristã mostra que, do Pentecostes em Jerusalém, aos dias de hoje, houve continuidade na dispensação dessa tão inefável promessa.
Tanto na Era Patrística, quanto na Idade Média, ou nos grandes avivamentos dos séculos 18 e 19, muitos foram os crentes que experimentaram o batismo com o Espírito Santo com a evidência física e inicial do falar noutras línguas.
Eis o testemunho de Agostinho (354-430): “Nós faremos o que os apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, pedindo que o Espírito Santo caísse sobre eles: esperamos que os convertidos falem novas línguas”.
Poderíamos citar outros testemunhos. Mas falta-nos espaço. O que diremos de Lutero? Wesley? Finney?

IV – OS OBJETIVOS DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

William W. Menzies, um dos mais notáveis teólogos das Assembléias de Deus dos Estados Unidos, leciona acerca da experiência pentecostal: “O batismo com o Espírito Santo permite-nos experimentar uma plenitude espiritual (João 7:37-39).; Atos 4:8), uma reverência mais profunda por Deus (Atos 2:43; Hebreus 12:28) e uma intensa consagração por Cristo, por sua Palavra e pelos perdidos.

  1. Poder e unção a fim de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O evangelista, missionário e teólogo metodista Stanley Jones (1884-1973) é incisivo: “A vida do cristão começa no Calvário, mas o trabalho eficiente, no Pentecostes”. Os apóstolos do Cordeiro, antes do Pentecostes, andavam de timidez em timidez. Já revestidos de poder, correram a alcançar Jerusalém, a Judéia e os confins da terra com o evangelho. E o que diremos de Daniel Berg e Gunnar Vingren que, intrépida e corajosamente, percorreram o Brasil empunhando a flama pentecostal? (Atos 1:18).
  2. Reverência diante das coisas de Deus. A efusão do Espírito Santo levou os discípulos, agora como Igreja, a devotar uma reverência ainda maior ao Senhor Jesus Cristo: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais se faziam pelos apóstolos” (Atos 2:42,43). O autêntico avivamento pentecostal plenifica nossa reverência a Deus.
  3. A experimentação da plenitude espiritual. Não podemos conformar-nos com a nossa vida espiritual. Deus tem muito mais a dar-nos, conforme promete o Senhor Jesus: “Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse Ele do Espírito Santo, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (João 7:37-39).

CONCLUSÃO

Você já foi batizado no Espírito Santo? Se ainda não, saiba de uma coisa: a promessa diz respeito a todos os que creem e aceitam o Filho de Deus como seu único e suficiente Salvador.

REFLEXÃO 1: “Os estudiosos do Novo Testamento acham difícil negar biblicamente a validade de uma experiência dinâmica e incomparável como o batismo no Espírito Santo.” (John W. Wyckoff)

REFLEXÃO 2: “Creio que na maioria das vezes chegamos para ministrar uma aos outros ou cantar uns para os outros. Gostaria que os nossos hinos fossem mais de adoração.” (Donald Gee)

RESPONDA

  1. O que é o batismo no Espírito Santo?
  2. O que disse Joel acerca do batismo com o Espírito Santo?
  3. Que profecia enunciou João Batista concernente ao batismo com o Espírito Santo?
  4. Por que o batismo no Espírito Santo não é um modismo?
  5. O que um autêntico avivamento pentecostal plenifica?

VOCABULÁRIO

Eclesial: Pertencente à igreja.
Epíteto: Palavra ou frase que qualifica a pessoa; cognome.
Era patrística: Período que predomina o pensamento dos “Pais” da Igreja.

Fonte: Lições Bíblicas – 1º Trimestre de 2011 – Jovens e Adultos
Casa Publicadora das Assembléias de Deus – CPAD.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dia de oração pelos cristãos egípcios

Crianças em frente à igreja copta, no Egito

EGITO (19º) - Um dia de oração dedicado aos cristãos do Egito acontecerá sábado, dia 29 de janeiro, em Londres. O evento será realizado pela britânica organização dos direitos humanos Christian Solidarity Worldwide (CSW, sigla em inglês), junto da United Action, que apoia os cristãos do Egito.

De acordo com uma nota de imprensa da CSW, o evento interdenominacional será dirigido pelo bispo Angaelos, chefe da Igreja Copta do Reino Unido, pelo Dr. Raafat Girgis, um dos maiores especialistas em história do cristianismo no Egito, pelo pastor Wagih Abdelmassih, da igreja evangélica árabe e pelo pastor Ian McCormack, das Assembleias de Deus.

Ibrahim Habib, da União Copta da Grã-Bretanha, e os representantes da CSW discutirão os desafios dos cristãos do Egito.

A CSW informou que o início de 2011 foi marcado pela violência religiosa contra os cristãos no Egito, que compõem cerca de dez por cento da população.

O bombardeio na Igreja copta em Alexandria, na véspera de Ano Novo, matou 21 pessoas e feriu 80 outras. Em 11 de janeiro, um cristão de 71 anos foi assassinado, e sua mulher e outras quatro ficaram feridas, quando um atirador abriu fogo em um trem que ia para o Cairo.

Em 2010, seis cristãos coptas foram atacados a tiros quando deixavam a Igreja, após a missa de Natal, dia 6 de janeiro, em Nag Hammadi. Em março, um ataque a uma grande igreja em Marsa Matrouh deixou 24 feridos. Em novembro, uma igreja localizada no bairro de Talibiya, distrito de Giza, foi vítima de violentos protestos, nos quais dois cristãos foram mortos pela polícia de segurança do Estado.

O diretor executivo da CSW, Mervyn Thomas, que falou no dia 09 de janeiro na missa em memória das vítimas dos atentados de Alexandria, disse em um comunicado à imprensa: "Estamos contentes de nos unir com a United Action pelos cristãos do Egito, à União Copta da Grã-Bretanha e aos membros interdenominacionais de igrejas para orar pela paz no Egito. Estamos ansiosos em receber líderes da igreja e especialistas sobre o país para orarem conosco e, assim, nos solidarizarmos com a igreja egípcia."

Pedidos de oração:

  • Ore pela vida dos cristãos coptas, já que tem sido alvos de constantes ataques.
  • Ore por um avivamento entre os cristãos coptas e para que haja ousadia na pregação do evangelho, bem como a perseverança dos ex-muçulmanos sob pressão para retornarem ao islamismo.
  • Ore pelas autoridades, para que vejam o testemunho de Cristo na vida dos nossos irmãos e se rendam a Ele.
  • Ore pela vida dos cristãos e pelos que perderam seus familiares ou entes queridos nos ataques contra os coptas; ore para que seus corações sejam confortados pelo amor de Cristo e assim, O conheçam.

Tradução: Carla Priscilla Silva 


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Igreja Presbiteriana anuncia reprovação e veto a títulos de apóstolos e dança nos cultos

 
O uso da dança na liturgia do culto e a consagração de apóstolos estão proibidos na Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). É o que decidiu o Supremo Concílio no final do ano de 2010. Até a comemoração do Natal e o uso do teatro foi avaliado pelos representantes dos presbitérios.

As discussões giraram em torno do culto público e seus elementos. Os líderes debateram a celebração do culto de ação de graças nos cultos dominicais. “A decisão do Supremo Concílio foi não proibir as ações de graças como parte do culto no dia do Senhor, e que o culto deve ter Deus como centro. Ou seja, declarou que as ações de graças fazem parte do culto a Deus, como está na Confissão de Fé da IPB (Westminster) e que o culto não deve virar culto à personalidade, mas Deus é sempre o centro do mesmo”, divulgou o reverendo Augusto Nicodemos em seu blog.

A dança e a nomeação de apóstolos continua proibida. Segundo o Concílio Supremo, na Bíblia, a dança e a coreografia não fazem parte do culto público, por isso, devem ser excluídas da liturgia. Quanto aos apóstolos, a resposta foi de que só são reconhecidos como tais, os Doze Apóstolos de Jesus e Paulo.

Já os cultos de gratidão a Deus aos domingos a noite são permitidos. A decisão é de que todos os cultos devem ter Deus como o centro e que a gratidão a Ele deve estar sempre presente nos domingos.

Ainda foram discutidas questões acerca da comemoração do natal, de práticas neopuritanas e de cantatas com representações teatrais. Segundo o Supremo Concílio, é importante discutir tais detalhes por conta da invasão de novos elementos trazidos pelo neopentecostalismo.

Fonte: Creio

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

URGENTE: Dmitry Shestakov é liberto da prisão

Pastor Dmitry Shestakov

USBEQUISTÃO (9º) - Exatamente quatro anos após sua prisão em 2007, as autoridades libertaram Dmitry da penitenciária Navoi em 21 de Janeiro de 2011 às 3h [hora local]. Sua esposa, filhas e alguns representantes da igreja de Andijan estavam no portão da prisão para recebê-lo!

"Estou extremamente alegre por conta de toda a atenção que recebi depois que fui solto. Gostaria de agradecer a todos os meus irmãos e irmãs que têm orado por mim e que pensaram em mim enquanto eu estava preso", compartilha Dmitry com um dos parceiros da Portas Abertas Internacional.

O pastor Dmitry (David) Shestakov tinha 38 anos quando foi preso, em 21 de janeiro de 2007. Ele era pastor da igreja do Evangelho Pleno em Andijan, no Uzbequistão desde 2003.

Clique aqui e conheça a sua história.

Oração e Libertação

Durante a prisão de Dmitry, a Portas Abertas pediu oração e esteve envolvida em defesa dele, além de lançar uma campanha de cartas para incentivar sua família e oferecer apoio prático a eles.

A libertação de Dmitry foi gravada em vídeo pela penitenciária, e seu advogado não teve permissão para assistir a cerimônia.

Dmitry saiu pelo portão, usando roupas típicas de prisão (casaco preto, calças e boné) e foi recebido por sua esposa e suas três filhas. Todos choraram. A família ficou muito feliz ao ver seu marido e pai.

De certa forma, eles agora estão recomeçando e poderão construir um novo futuro juntos como uma família.

Dmitry é um pastor evangélico afiliado à igreja Evangelho Pleno em Andijan, que é oficial e já recebeu o registro do governo, mas que  ainda enfrenta forte pressão e tem que lidar com muitas dificuldades.

"Apenas dois membros da igreja estavam lá para levar Dmitry do campo de trabalho para casa. Ninguém se atreveu a vir, porque têm medo de atrair atenção devido à sua ligação com Dmitry,” declara um trabalhador do campo.

Embora o pastor esteja muito agradecido e feliz por ser libertado, ele também sofre no momento. Sua mãe faleceu no dia 24 de janeiro, apenas três dias após a sua libertação.
"Eles puderam se encontrar antes de ela falecer. Isso é algo gratificante”, compartilha o colaborador da Portas Abertas. "É uma mistura de sentimentos. Ele está livre e feliz com a sua libertaçãomas, ao mesmo tempo, tem que lidar com a dor."

Dmitry diz que está ansioso e otimista quanto ao futuro. No entanto, as coisas não serão fáceis para ele. Devido à regulamentação legal, a primeira coisa que deve fazer é se registrar em algumas delegacias de polícia locais de Andijan.

De acordo com o colaborador da Portas Abertas, há muitas restrições para Dmitry. "Ele não tem permissão para mudar de cidade com sua família, por exemplo. Uma vez por mês deve ir à delegacia para informar que ainda está na região. Dmitry também terá de conseguir um emprego. Ele está autorizado a viajar, mas tem de estar de volta em determinados momentos."

O cristão também precisa ser muito cuidadoso quanto às suas atividades já que tudo o que ele faz será estritamente controlado. "Isso inclui as pessoas com quem mantém contato, o que diz, para onde irá etc.", declara o colaborador.

Dmitry foi advertido pelo Ministério Público de Andijan a não cometer qualquer crime religioso novamente. Depois de duas violações dos requisitos, um novo caso será instaurado contra ele. A sentença será muito mais grave do que a dada pelo juiz anos atrás.

"Eu fui obrigado a seguir as diretrizes e os rígidos regulamentos", compartilha Dmitry. "Eu sou um pastor e quero servir a Deus, mas tenho que encontrar uma maneira sábia de fazer isso."

Pedidos de oração

• Ore pela segurança de Dmitry e sua família. Ore para que eles sejam capazes de lidar com o que aconteceu com ele.
• Ore pela saúde de Dmitry. Ele sofre de problemas cardíacos, pressão alta e problemas com o fígado.
• Ore pelo futuro do ministério de Dmitry. Ore para que ele tome as decisões corretas.

Tradução: Carla Priscilla Silva

http://www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=6842

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tive delírios da promessa de riqueza


Jefferson Queiroz
Acordei com febre. Delirei. Em minha alucinação,  imaginei-me numa igreja evangélica, num culto de empresários. Calado, ouvia testemunhos de vitória financeira,  de ex-falidos que enriqueceram,  de cancelamento de dívidas num toque de mágica e depósitos bancários feito por “anjos”. Subitamente, surgiu diante de mim um livro enorme “A Bíblia Sagrada” com páginas reluzentes.
“Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (1Timóteo 6.9-10).
Depois, na mesma reunião, eu me via pregando: “Pare de sofrer, venha para Cristo e todos os seus tormentos vão acabar”. De repente, a página do grande livro virou e li:
“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará (Mateus 16.24.25).  No mundo tereis aflições...” (João 16.33). 
A febre aumentou e eu identifiquei uma pessoa igualzinha a mim dando aula, agora para um pequeno auditório: “Aprenda a reivindicar os seus direitos com Deus, afinal de contas você é filha do rei, você paga o dizimo e precisa aprender a buscar o que é seu”. A folha do livro virou novamente:
“Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).
Comecei a tremer, meu corpo se arrepiava com ondas de frio; vertigens, imagens confusas, se alternavam diante dos meus olhos e eu insistia em pregar para o mesmo auditório: “Vou ensinar-lhes a alcançar todas as bênçãos que os filhos de Deus merecem". O livro parecia inflamado, labaredas de fogo queimavam sem consumir as páginas que, vermelhas, passavam velozmente:
“E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça” (Romanos 11.6).
Nesse frenesi alucinado, minhas forças desapareceram enquanto uma voz procurava incentivar-me: "Você pode, você pode. Conscientize-se de sua fortaleza, não admita a idéia de ser fraco". O livro rodopiou no céu e veio em direção a mim enquanto um dedo,  sem mão,  apontava para dois textos grafados a fogo:
“Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte” (2Coríntios 12.9-10).
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2.5-8).
Terminei de escrever o que havia se passado comigo e dormi. Hoje amanheci totalmente curado.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rumo ao céu


Rose Guglielminetti e Gerson Rueda 

O local não importa muito. Mas as pessoas que integram os grupos pequenos esperam com ansiedade pela próxima reunião. Sentados ou em pé, os encontros falam do amor e cuidado de Deus pelos seus filhos. A oração, os louvores e os testemunhos não apenas testificam da grandeza do Senhor, como consolam e dão esperança àqueles que precisam.

“Esta reunião é específica e acontece em um ambiente descontraído, em que a pessoa tem a oportunidade de aprender e esclarecer suas dúvidas, discutir um versículo, ouvir e esclarecer pontos de vista. Proporcionam comunhão e relacionamento de amizade entre as pessoas”, diz Gerson Rueda, membro da Junta lo-al e participante de um grupo há vários anos.

A cada encontro, o grupo se fortalece e torna-se uma “casa, um lugar acolhedor, lugar de refrigério, um oásis no meio do deserto”. Isso ocorre porque são em reuniões como essas que as pessoas pedem orações, compartilham sobre os seus sofrimentos e ganham parceiros de oração.

A dor é dividida.

“Passa a ser uma verdadeira comunidade movida pelo Espírito Santo. O grupo pequeno serve como uma cerca de proteção e acolhimento, pois torna-se uma forma específica de cuidado do rebanho”, argumenta Rueda.

Se por um lado, as reuniões promovem crescimento espiritual para os que já são convertidos, por outro lado, são ótimas oportunidades de evangelismo. Isso porque o ambiente descontraído torna-se um atrativo para que uma pessoa, que não vai a uma igreja por preconceito, vá a uma reunião gostosa  na casa de seu amigo ou vizinho.

E ali ela encontra a mais rica oportunidade de sua vida.

Outra certeza é a de que ninguém sai de uma reunião de GP sem sentir a presença de Deus. Rueda ressalta:“saio dali de algum modo melhor do que entrei, porque aprendi lições de valor”.

Se você  ainda não participa de um grupo pequeno, com certeza, há um grupo de irmãos aí perto do seu trabalho ou de sua casa  que se reúne uma vez por semana para adorar ao Senhor. A igreja Central tem 70 grupos. Inicie o ano de forma diferente.

Una-se a um destes irmãos e cresça no conhecimento de Deus.

Fonte: http://www.nazareno.com.br/site/editorial/2011/01/rumo_ao_ceu

domingo, 23 de janeiro de 2011

LIÇÃO 2 – A ASCENSÃO DE CRISTO E A PROMESSA DE SUA VINDA



 
“(...) Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).

VERDADE PRÁTICA: Se a ascensão de Cristo não for aceita como um fato historicamente comprovado, não poderá ser recebida como doutrina confiável. Jesus Cristo, de fato, foi assunto ao céu, e acha-se à destra de Deus.

LEITURA BÍBLICA: Atos 1:4-11

INTRODUÇÃO

O Cristianismo só é possível quando se recebe, como verdade absoluta e irrecorrível, todos os fatos da História da Salvação. Os que buscam subtrair o sobrenatural da Bíblia Sagrada, considerando-o um mero recurso literário, atentam-lhe contra a origem divina. Por conseguinte, se não aceitarmos a História Sagrada na íntegra, seremos forçados, por uma questão de lógica e congruência, a rejeitá-la por inteiro.

No campo da teologia bíblica, não se pode dissociar o dogma da verdade histórica: aquele sem esta não passa de um mito. Por conseguinte, só é possível acreditar no Jesus Histórico se recebermos como verdade inquestionável tanto a sua concepção virginal como sua ressurreição e ascensão física aos céus, onde está à destra de Deus. Na teologia autenticamente bíblica, não se pode separar o Cristo Histórico do Cristo anunciado na mensagem dos apóstolos.

I – A HISTORICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO

A ascensão de Cristo, por conseguinte, não pode ficar circunscrita ao dogma teológico; é teologia e dogma, mas é também um fato histórico incontestável. Lucas deixa claro que a sua narrativa é baseada em provas incontestáveis (Atos 1:3).

  1. Data da ascensão. De maneira geral, aceita-se que o Senhor Jesus foi assunto aos céus no ano 34 de nossa era. As pequenas divergências cronológicas não desmerecem nem desacreditam o fato histórico (Marcos 16:6; Atos 2:32; 1 Tessaloniscenses 4:14).
  2. O lugar da ascensão. Jesus encontrava-se no Monte das Oliveiras com seus discípulos quando ascendeu aos céus. Situado a leste de Jerusalém, a 818 metros em relação ao nível do mar, acha-se este monte intimamente ligado à vida e ao ministério de Cristo.
  3. As testemunhas da ascensão. Depreende-se que aproximadamente 120 pessoas hajam presenciado a ascensão de nosso Senhor (Atos 1:15). Quanto à sua ressurreição, afirma Paulo, foi testemunhada por mais de quinhentos irmãos, a maioria dos quais ainda vivia quando Paulo escreveu a sua Primeira Epístola aos Coríntios (1 Coríntios 15:6,7). Quem poderia, num tribunal, contestar o depoimento de tantas testemunhas? Aliás, segundo a Bíblia, a declaração de duas ou três testemunhas oculares já era mais do que suficiente para encerrar qualquer polêmica (Deuteronômio 17:6; 19:15; Mateus 18:16; 1 Timóteo 5:19).

II – A TEOLOGICIDADE DA ASCENSÃO DE CRISTO

No âmbito da Teologia Cristã, primeiro temos o fato, depois, o dogma. Doutra forma, repetimos, não teríamos uma doutrina, mas uma inconsistência histórico-teológica. Eis que podemos confiar no ensino da ascensão de nosso Senhor. Vejamos, em primeiro lugar, o que é a ascensão de Cristo.

  1. A ascensão de Cristo. Subida corpórea e física do Cristo ressurrecto e glorioso aos céus, para junto do Pai, após haver cumprido o seu ministério terreno. Sua ascensão foi, de fato, corpórea, porque a sua ressurreição foi física e não aparente. É claro que o seu corpo, à semelhança do que ocorrera no Monte da transfiguração, foi elevado aos céus já revestido de glória, poder e celestialidade. Quando do arrebatamento, teremos um corpo semelhante (1 Coríntios 15:50-58; 1 João 3:2). Teologicamente, a ascensão de Cristo acha-se ligada a duas importantes doutrinas: a paracletologia e a escatologia.
  2. A perspectiva paracletológica. Antes de ascender aos céus, prometeu o Senhor Jesus aos discípulos, ainda preocupados com a restauração do Reino de Israel, que seriam eles revestidos pelo Espírito Santo (Atos 1:8). Aos que buscavam a libertação política de um país, o Rei dos reis entrega, como herança, todas as nações da terra. Não mais um império na terra, mas o Reino de Deus no mundo. E isso no poder do Espírito Santo.
  3. A perspectiva escatológica. A narrativa da ascensão de Cristo trás, em si, o cerne da escatologia cristã. A sua subida aos céus é uma conseqüência teológica tanto de sua morte quanto de sua ressurreição. E acreditar nesta implica, para o cristão, esperançar-se no retorno do Senhor que, estrugida a última trombeta, ressuscitará os que nEle morreram e os que nEle vivem (1 Tessaloniscenses 4:14-17).
A sua ascensão foi sucedida por uma declaração escatológica. Aos discípulos que, maravilhados, observavam a elevação do filho de Deus, prometeram os dois seres angelicais: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu,m há de vir, assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11).

III – A ASCENSÃO DE CRISTO EM NOSSA DEVOÇÃO

Além de sua beleza e sublimidade teológica, a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo enleva-nos a devoção, estreitando-nos a comunhão com o Senhor. Vejamos, pois, alguns fatores devocionais que nos proporcionam o Cristo que ascendeu aos céus.

  1. A posição do Cristo que ascendeu. Ascendido às alturas sob os olhares interrogativos e desolados de seus discípulos e apóstolos, o Senhor Jesus assentou-se à destra do Pai. Ao registrar-lhe a ascensão, o evangelista Marcos garante tratar-se não de um engenho fantasioso, mas de um evento histórico: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus” (Marcos 16:19). Vários autores sagrados fazem menção ao acontecimento (Atos 2:33; 7:56; Hebreus 10:12; 12:2; 1 Pedro 3:22).
Cristo está à destra de Deus. Alegremo-nos. Junto ao Todo-Poderoso encontra-se um que nos compreende. À nossa semelhança, Ele sabe o que é padecer (Isaías 53:3). Eis por que está sempre a interceder por nós como Sacerdote segundo a Ordem de Melquisedeque (Salmo 110:4). Não se desespere, Cristo o compreende.
  1. A eficácia salvífica do Cristo que ascendeu aos céus. À destra o Senhor Jesus atua como o mediador da nova aliança firmada em seu sangue, através da qual obtivemos eterna salvação (Hebreus 5:9). Sim, somente em seu nome é que o ser humano logra a redenção de sua alma, como reafirmou o apóstolo Pedro: “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). À destra de Deus, o Senhor Jesus salva e justifica o pecador, proporcionando-lhe a bem-aventurança de ser adotado pelo Pai como filho (Romanos 5:1; Efésios 1:5)
  2. Cristo assunto, nosso Advogado. Consola-nos saber que à destra de Deus, temos um advogado sempre pronto a defender-nos as causas junto ao Juiz de toda a terra. Eis como o discípulo do amor descreve essa função do Senhor: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 João 2:1,2). Se você pecou, não se desespere. Arrependa-se e confie no Advogado que temos, junto ao Pai.

CONCLUSÃO

A ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo é um fato comprovadamente histórico. Como é bom saber que, junto ao trono do Todo-Poderoso, temos um intercessor e advogado sempre pronto a interceder por nós. Amém! E um dia, mais rápido do que supomos, virá o Senhor arrebatar-nos, para que estejamos sempre com Ele nos céus al lado do Pai. Amém!

REFLEXÃO: “A verdade não é somente correspondência, ela é também absoluta. A teologia evangélica é pregada com base na premissa de que a Bíblia é a verdade. Ela é a Palavra de Deus, e Deus não pode mentir.” Norman Geisler.

RESPONDA:

  1. Podemos confiar na historiografia de Lucas?
  2. O que é a Ascensão de Cristo?
  3. Quantas pessoas testemunharam a Ascensão de Cristo?
  4. Quais as implicações teológicas da Ascensão de Cristo?
  5. Por que a doutrina da Ascensão de Cristo é um fator de consolação para o Crente?

VOCABULÁRIO

Congruência: Harmonia de alguma coisa; coerência.
Estrugida: Estrondo.
Irrecorrível: De que não se pode recorrer.
Paracletologia: Estudo a respeito do atributo Consolador do Espírito Santo.

Fonte: Lições Bíblicas – Jovens e Adultos – 1º Trimestre de 2011
Casa Publicadora das Assembléia de Deus - CPAD

Senhor, ensina-nos a orar



Por Stanley Jones

"Um dia, Jesus estava orando em certo lugar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também Juão ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).

Havia uma grande diferença entre Jesus e seus discípulos. O segredo até entãonão compartilhado era a oração. Ele orava e tinha poder; eles não oravam e eram impotentes. Ele sempre estava bem; eles sempre estavam cansados de si mesmos e dos outros. Ele era perito em tudo o que fazia, nada o intimidava; eles se atrapalhavam com qualquer tarefa, por mais simples que fosse.

O garoto epiléptico estava com uma possessão demoníaca maior que a possessão divina dos discípulos e, por isso, não conseguiram resolver a situação. Eles não tinham mais possessão divina porque não eram possuídos pela oração.

Então, pediram a Jesus que dividisse com ele o seu segredo: "Senhor, ensina-nos a orar." E ele lhes ensinou a oração do Pau Nosso, que bem poderia seer chamada a oração do discípulo. Ela é a essência da oração correta.

A oração se divide em duas grandes partes - o lado de Deus e o lado do homem:

1. Pai Nosso, Teu Nome, Teu Reino, Tua Vontade.

2. Dá-nos, Perdoa-nos, Não nos Deixes, Livra-nos.

A primeira parte pode ser chamada de ALINHAMENTO. A segunda parte, de RESULTADO. Na primeira parte, alinhamos a vida com o nosso Pai, com o seu Nome, com o seu Reino e com a sua Vontade. Na segunda, obtemos o resultado - ele nos dá, nos perdoa, não nos deixa e nos livra.

I - PRIMEIRA DIVISÃO - ALINHAMENTO

a) Alinhar a nossa vida com o NOSSO PAI.
b) Alinhar a nossa vida com o SEU NOME.
c) Alinhar a nossa vida com o SEU REINO.
d) Alinhar a nossa vida com a SUA VONTADE.

II - SEGUNDA DIVISÃO - RESULTADO

a) Como RESULTADO, o Senhor nos DÁ.
b) Como RESULTADO, o Senhor nos PERDOA.
c) Como RESULTADO, o Senhor nos PROTEGE, NÃO NOS DEIXA.
d) Como RESULTADO, o Senhor nos LIVRA do mal.

Essas duas partes são as batidas alternadas do coração da oração: Alinhamento/Resultado; Alinhamento/Resultado. E cada lado das batidas do coração é igual - há quatro coisas no Alinhamento e quatro coisas no Resultado. Em outras palavras: nós obtemos tanto Resultado quanto for o nosso Alinhamento, e nada além disso. Quanto mais alinharmos nossos propósitos com os propósitos de Deus, mais resultados conseguiremos.

A ênfase, portanto, deve ser dada ao Alinhamento, porque o Resultado é consequencia. Se olharmos sempre para os Resultados, estaremos olhando para o lado errado das coisas. Olhemos para os meios, e os fins cuidarão de si mesmos.

A um santo dos tempoos modernos, Deus disse: "Você tem uma responsabilidade, e somente uma, que é viver em união comigo". Quando ele passou a fazer isso, Deus tomou conta de todas as demais coisas.

Aprendamos a primeira parte da oração do discípulo, e a segunda parte acontecerá naturalmente.

"Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação" (Salmos 62:1).

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Traduzido e adaptado do devocional "O Caminho".

Fonte: Arauto da Sua Vinda, ano 28, nº04 - Out/Dez 2010.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mente e Coração - Vencedores por Cristo

Mais um hino inesquecível, tirado do fundo do baú do meu coração. Obrigado, aos Vencedores por Cristo por terem existido, precisamos de mais pessoas como vocês!

Os Instrumentos e o Instrumentista


Fernando Paulo Ferreira

"Há diversidades de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidades de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. A um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo espírito, fé; a outro, pelo mesmo Espírito, dons de curar; a outro, a operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas, e a outro, interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer" (1 Coríntios 12:4-11).

Imagine esta cena: numa orquestra todos os instrumentos estão afinados para que produzam harmoniosamente os sons que o maestro deseja. Porém, um deles resolve tocar por si mesmo um acorde que não está no "script". O maestro repreende o tocador, tentando fazer com que volte ao tom original. O estrago já foi feito, todos ouviram um som estranho, alguns vaiam, outros se retiram envergonhados por jogar seu dinheiro fora.

A mesma coisa Deus deseja da sua igreja. Ele deseja que todos vivam harmoniosamente entre si, falando sempre a mesma língua, tendo o mesmo modo de pensar, cada um em seu lugar que foi determinado pelo Espírito Santo, seja no púlpito, nos bancos, nas cadeiras, na cantina, no escritório, nas portas. Todos nós somos como instrumentos tocados pelo Espírito Santo para que a igreja funcione bem, cresça na graça e no conhecimento de Deus.

Porém, como somos humanos e falhos, sempre haverá aquele instrumento rebelde, que insiste em pensar de outra maneira, achando que o sistema atual é falho, enfadonho e antiquado. Resolve, por si mesmo adotar idéias que as empresas seculares adotaram, ao importar de fora para aumentar as vendas de seus produtos.

Este instrumento precisa de disciplina. A orquestra não gira em torno dele. Mas sim, ele faz parte da orquestra e a orquestra é maior do que ele. O Instrumentista tenta afiná-lo para que toque o som desejado. Para isso, a dor é inevitável. Cabe ao instrumento aceitar ou não a correção. Se aceitar, será perdoado, porém, se não aceitar, será dito como "pecador e publicano". Será excluído da igreja. Mas o Instrumentista sempre manterá as portas abertas para que, caso deseje, o instrumento rebelde volte e se humilhe perante o Instrumentista.

Cada um tem um dom diferente, e cada dom é dado para o que for útil. Nenhum instrumento é melhor do que o outro, nenhum dom que cada instrumento tem é melhor que o outro. Todos os dons foram dados para que a igreja de Deus tenha harmonia. Todos os instrumentos da orquestra tocam o som que o instrumentista deseja que toque. Todos os instrumentos foram afinados pelo mesmo Instrumentista.

Deus, o nosso instrumentista, deseja que nós, seus instrumentos, exerçamos com sabedoria os dons que ele nos deu, através do seu Espírito Santo, sempre para sua honra e glória até a volta do nosso Senhor Jesus Cristo.

Um forte abraço!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Asia Bibi será transferida para Multan por questões de segurança



PAQUISTÃO (11º) - O superintendente da prisão de Sheikhupura, Khalid Sheikh, disse à imprensa que "tem recebido diretrizes do Ministério do Interior de Punjab para mudar Asia do distrito de Sheikhupura para uma prisão feminina em Multan, já que sua vida corre perigo onde está.”

A transferência de Asia Bibi está prevista para ocorrer à noite, sob forte esquema de segurança, dentro dos próximos sete dias, conforme instrução do Ministério ao inspetor geral da polícia. O Ministério do Interior pediu ao governo de Punjab para aumentar a segurança para a cristã na prisão de Sheikhupura.

Kashif Mazhar, o porta-voz sênior da Life for All, declarou à imprensa que "é bom transferirem Asia, mas isso deve ser confidencial, pois os extremistas estão à procura de uma oportunidade para matar Asia Bibi. Ela deve ser levada em um helicóptero, já que o assunto é extremamente sério".

Além do marido de Asia, Ashiq Masih, a comunidade cristã levou sua preocupação às autoridades e ao Ministro Federal de Assuntos Minoritários, Shahbaz Bhatti, alegando que Asia Bibi não tem segurança suficiente, apesar das ameaças constantes de militantes e recompensas sendo anunciadas em todo o Paquistão para quem a matar.

Relatório e prisão

Um relatório oficial publicado em 11 de janeiro de 2011 pela agência de inteligência da província disse que a gravidade da ameaça à vida de Asia Bibi aumentou depois do assassinato do ex-governador de Punjab, Salmaan Taseer, mas o governo provincial tomará medidas de segurança eficazes.

Segundo o relatório, “Asia Bibi está presa na prisão feminina no distrito de Sheikhupura, juntamente com 15 ou 16 outras detentas. Apenas uma policial foi destinada a ela dentro da cadeia e cinco outras para assegurar o perímetro, juntamente com duas motocicletas dos esquadrões que patrulham a periferia da cadeia.”

O relatório também disse que os guardas que lhe foram destinados "não são vigilantes e, na maioria das vezes, estão ausentes, especialmente os motociclistas".

Enquanto ela aguarda o recurso de seu caso da Alta Corte de Lahore, Asia Bibi gasta seu tempo conversando com as carcereiras, assistindo às notícias em um televisor colocado em uma sala próxima e lendo a Bíblia Urdu, dada a ela pelos parceiros.

Asia não é uma leitora fluente, disse Obed Robert, pastor local do Ministério Life for All, que a visita regularmente e sustenta sua família.

Durante seus meses de prisão, Asia encontrou conforto particularmente nas palavras de João 14:1: "Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim.”

Tradução: Missão Portas Abertas 


http://www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=6833

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Igreja rumo à maturidade


Rev. Hernandes Dias Lopes

Warren Wiersbe, insigne comentarista bíblico, diz que o apóstolo Paulo oferece-nos três retratos da igreja em sua Primeira Carta aos Coríntios, capítulo três: a igreja é uma família cujo alvo é a maturidade; a igreja é um campo cujo propósito é a quantidade; e, a igreja é um edifício, cuja finalidade é a qualidade. Vamos considerar essas três figuras.

1. A igreja é uma família, cujo alvo é a maturidade (1Co 3.1-5). Na igreja de Corinto o processo de maturidade espiritual estava atrasado. Os crentes ainda eram crianças em Cristo, imaturos e, estavam bebendo leite, quando deveriam ser pessoas adultas e maduras na fé. Por serem crianças espirituais estavam andando segundo o homem e criando partidos dentro da igreja, promovendo o culto à personalidade. Na igreja de Corinto havia quatro partidos: o partido de Paulo, de Cefas, de Apolo e de Cristo. Não que esses líderes contribuíssem para essa atitude carnal; ao contrário, combatiam-na com tenacidade. Um crente imaturo tem sempre a tendência de seguir um líder e tornar-se dependente dele, em vez de ter um relacionamento pessoal com Jesus. Um crente carnal sente-se mais seguro sob a sombra de alguém do que caminhar resoluto com os olhos fitos em Deus. Um crente carnal é um crente a reboque como Ló; se a corda que o prende a seu líder se romper, ele fica à deriva. Paulo diz que a igreja é uma família, onde essas crianças espirituais precisam crescer rumo à maturidade.

2. A igreja é um campo, cujo propósito é a quantidade (1Co 3.6-9a). Paulo muda a metáfora da família para o campo e passa da linguagem doméstica para a faina da agricultura. Se o alvo da família é a maturidade, o alvo do campo é a quantidade. Num contexto de disputas e invejas dentro da igreja, Paulo afirma que um planta, o outro rega, mas o crescimento vem de Deus. Quem deve receber a glória pelos resultados da colheita não é o que planta nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Quem planta ou quem rega, ambos devem ter o mesmo propósito. Eles visam o mesmo resultado. Por isso, vão receber sua recompensa. Porém, precisamos entender que somos apenas cooperadores de Deus e lavoura de Deus. Ao mesmo tempo em que somos cooperadores de Deus, ou seja, semeadores que cuidam da semente para que ela brote, cresça e tenha condições de frutificar, também, somos a própria lavoura de Deus que deve produzir muito fruto, a fim de que Deus seja glorificado.

3. A igreja é um edifício, cuja finalidade é a qualidade (1Co 3.9b-17). Ao tratar da igreja, mais uma vez Paulo muda a metáfora. Agora faz uma transição do campo para o edifício, da quantidade para a qualidade. A igreja é um edifício. Esse edifício tem um fundamento, que é Cristo. Ninguém pode lançar outro fundamento. Edificar nossa vida espiritual sobre outra base é consumada insensatez. É como construir sobre a areia. É construir para o desastre. Sobre o fundamento que é Cristo precisamos construir com materiais nobres e duradouros como ouro, prata e pedras preciosas. O uso de materiais perecíveis como madeira, palha e feno não suportaria a prova de fogo e o resultado é que essa obra pereceria irremediavelmente. Esse edifício precisa ter qualidade. A vida cristã é uma vida de excelência e não de incúria e descuido espiritual. Paulo usa esta figura para mostrar que esse edifício é o próprio santuário de Deus, e esse santuário não é um monumento morto, mas um edifício vivo, pois nós somos o santuário de Deus e ele habita em nós. Porque Deus habita em nós, esse santuário é sagrado e não pode ser destruído. Esse santuário é o nosso corpo e devemos glorificar a Deus nele, sabendo que se nos dedicarmos a uma construção com qualidade receberemos de Deus o galardão.

Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/12/a-igreja-rumo-a-maturidade/

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tragédia no Rio: Pai que ficou 15 horas soterrado com o filho bebê revela que cavava cantando hinos de louvor a Deus


Em meio à maior tragédia climática do Brasil, que já deixou mais de 600 mortos desde terça-feira (11) na Região Serrana do Rio de Janeiro, algumas imagens marcaram e emocionaram o país. São exemplos de superação em meio a tanto perigo, dor e medo. Como o bebê Nicolas, que completa sete meses neste domingo (16), quatro dias depois de seu salvamento e de seu pai, Wellington Guimarães, que ficaram soterrados por 15 horas e sobreviveram a dois desabamentos.

“Dou graças a Deus de ter perdido a noção do tempo, tenho certeza de que foi Deus ali”, disse o pai. Nicolas continuava calminho, como no momento do resgate.
 
Na última terça-feira (11), Wellington e a mulher, Renata, resolveram passar a noite na casa da mãe dela por causa da chuva. O casal, a sogra e o bebê estavam dormindo no mesmo quarto.

“Eu acordei com aquele barulho de coisa vindo e não lembro, não sei, parece que eu tentei sentar na cama. De repente tudo parou, foi coisa de segundos, não dá tempo nem de gritar. A Renata e a Fátima faleceram na hora. Inclusive uma perna minha estava meio presa nela”, lembra Wellington.

Nicolas estava vivo, mas longe de Wellington. “Ele chorava, chorava, chorava e eu não tinha como estar perto dele, porque eu estava com as pernas presas. Eu consegui tirar uma perna, a outra estava mais embaixo, e aí foi quando eu comecei a chamar por socorro. Veio um rapaz e foi chamar o bombeiro”, continua o sobrevivente.

Os bombeiros chegaram, mas não conseguiram resgatar pai e filho. “Eles ainda falaram: ‘Gente, cuidado com a barreira’. Aí eu fiquei imaginando: barreira só podia ser o morro. Quando eles acabaram de falar isso, não passou cinco minutos desceu a queda e soterrou eles também”, disse o pai de Nicolas.

Era o segundo desabamento. “Eu não tenho noção de nada, eu orei muito, pedi muito a Deus. Eu cavava cantando um hino de louvor a Deus. Cavei o tempo todo. Minha mão está toda arrebentada, dá para perceber”, disse Wellington, que cavou até chegar perto de Nicolas.

“No primeiro momento que eu peguei ele, ele se acalmou. Eu juntava saliva na boca para dar a ele para pelo menos molhar a boca dele. Eles [os bombeiros] estavam com a máquina em cima. Então, eu percebi que eles estavam cavando com vontade, achando que não tinha ninguém. Ninguém dizia que tinha alguém vivo ali. Aí eles chegaram bem perto. Chegou abrir um feixe de luz sobre a madeira. Eles perguntaram: ‘Tem alguém aí?’. ‘Estou eu e meu filho’. ‘Vocês estão bem?’. ‘Estamos’. ‘Tem mais alguém?’ Eu falei: ‘minha esposa e minha sogra, mas elas estão mortas’. E aí eles conseguiram abrir um buraco, me deram água”, relembra Wellington.
“Ele engasga muito com água, então eu botava água na boca e dava na boca dele. Aquele primeiro contato que ele viu que era água, ele agarrava no meu rosto assim e abria a boca, igual quando ele pede comida, para pedir água. Com a língua, eu controlava a água que ele bebia, ele mamava na minha língua. Assim foi que eu fui hidratando ele, e ele bebeu tanta água que dormiu. Depois ele acordou e pediu água de novo, agarrava no meu rostinho, quando teve um pouco de claridade, a gente conseguiu ver um ao outro”

Abraçados, pai e filho esperaram pelo salvamento. “Ele ficava quietinho no meu colo. Quando eu dei ele, ele saiu rindo. Dentro da ambulância, ele estava conversando”, lembra.

Fonte: G1