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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eu e meus "filhos" - A decepção


Fernando Paulo Ferreira

"OUVI, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência. Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei. Porque eu era filho tenro na companhia de meu pai, e único diante de minha mãe. E ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca" (Provérbios 4:1-5)


Alguns dias atrás escrevi sobre a alegria de ser pai, mesmo adotivo, ou postiço, no meu caso. Relatei sobre o cuidado e o amor que sinto por eles. Falei também sobre o fato de ser procurado para dar-lhes conselhos sábios.

Ainda digo que é um prazer ser pai. É prazeroso ter filhos. É muito gratificante cuidar de crianças até seus vinte e cinco anos ou até que eles se casem.

Hoje senti na pele o que é que os pais sentem quando seus filhos fazem besteiras. Hoje experimentei a decepção.


Agora entendo quando os pais se fazem a famosa pergunta: "Meu Deus, onde foi que eu errei?" Entendo agora como os pais se sentem quando ouvem de seus filhos uma confissão bem cabeluda.

Senti uma facada no coração. Isso mesmo. Uma faca bem afiada entrou no meu peito, atravessou meu coração, girou em seu próprio eixo como se quisesse arrancá-lo para fora do corpo.


Isso realmente dói. A dor é alucinante. O mundo parece desabar sobre nossa cabeça. Temos vontade de agarrar o pescoço de nossos filhos, sacudi-los para reparar o estrago que nos causaram.

Mas é preciso jogo de cintura para não piorar a situação. Eu tive que me segurar para não causar escândalo no restaurante onde conversava com uma de minhas "filhas". Sim... uma de minhas "filhas" fez uma besteira. Imagine a dor de um pai ao ouvir a famosa frase: "Pai, to grávida!"


Já falei sobre a dor no coração, sobre segurar-se para não jogar tudo aos ares num acesso de fúria. Fiquei apenas chocado. Ela é tão miudinha. Caiu em tentação justamente porque nós, pais, não podemos estar vinte e quatro horas por dia junto de nossos filhos.
Não podemos estar sempre junto deles para não sufocá-los. Mas também levamos nossa parcela de culpa. Nós também erramos justamente não tendo mais tempo para diálogos com nossos filhos. Eu entendo, porque sou "pai" postiço.

Não posso estar em cem por cento do tempo com esses meus "filhos" porque eles tem pais biológicos, que também não podem estar cem por cento do seu tempo com eles. Então, nossos filhos recorrem aos amigos, e esses amigos que também não tem pais cem por cento por perto os levam ao mau caminho. Alguns os levam às baladas, outros os levam a grupos de amigos que não são tão amigos assim. Ainda outros levam nossos filhos ao mundo da droga, do sexo, da prostituição.

É triste isso! As pessoas que tem idade para ser pai não sabem ser pais nem de seus próprios filhos. Ou os deixam livres e soltos sem alertá-los sobre os perigos que essa libertdade sem límite os conduz, ou os prendem tanto, achando que os estão protegendo, que acabam sufocando-os até a morte.

Não sei o que aquela minha "filha" tem sofrido em casa. Não sei o que ela, que frequentava a igreja, fez para cair nessa tentação. Só sei que ela tem seus "amigos", que aproveitaram de sua fragilidade, de seus problemas, de sua beleza, de sua ingenuidade, que a levaram a esse triste caminho.


Agora me resta orientá-la a enfrentar a dura realidade que ela acabou de descobrir. Estou orientando-a a permanecer no caminho do Senhor, a arrepender-se de seu pecado, pedir perdão e continuar a servir a Deus como tem servido antes da queda. Sei que será difícil ela se recuperar, mas com o Deus misericordioso que temos, acredito que ela vai superar tudo.


Mais uma vez, como no artigo anterior, peço a todos os irmãos que tem idade para ser pai, que adotem os jovens que tenham idade para ser filhos, a fim de que possamos ensiná-los, educá-los e acompanhá-los nesta caminhada rumo à glória celestial.


Um fraternal abraço!

2 comentários:

  1. Eu vejo o seguinte caro irmão, marido. Hoje os jovens não ouvem mais os pais, preferem correr para os amigos.Estes também não tem juízo, portanto ficam sem respostas para muitas questões relacionadas a sexo.Nós devemos instruir para realmente seguirem a Jesus, mesmo nesses casos. Jamais deixar a igreja, por vergonha.Esses meninos e meninas precisam de pessoas instruídas e amorosas. Pessoas de Deus.
    Grata.
    Fernanda A. Ferreira.

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  2. O pior e quando o asunto e drogas , e gays oq fazer ?

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