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sábado, 19 de novembro de 2011

Arrasados pela morte




Max Lucado
A pergunta seguinte é  uma das 172 perguntas e respostas do novo livro, Max on Life. 


Pergunta n° 148 
O filho de sete anos dos nossos vizinhos morreu na semana passada. Eles estão arrasados. Nós também. O que podemos dizer a eles? 
Deus é um Deus bom. Precisamos começar aqui. Apesar de não entendermos suas ações, podemos confiar em seu coração. 
Deus só faz o que é bom. Mas como a morte pode ser boa? Alguns enlutados não fazem esta pergunta. Quando a quantidade de anos ultrapassa a qualidade dos anos, não perguntamos como a morte pode ser boa. 
Mas o pai do adolescente morto pergunta. A viúva do jovem soldado pergunta. Os pais da criança de sete anos perguntam. Como a morte pode ser boa? 
Parte da resposta pode ser encontrada em Isaías 57:1-2“O justo perece, e ninguém pondera isso em seu coração; homens piedosos são tirados, e ninguém entende que os justos são tirados para serem poupados do mal. Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte”. 
A morte é a maneira de Deus poupar as pessoas do mal. De que tipo de mal? Uma doença extensa. Um vício. Uma época sombria de rebelião. Não sabemos. Mas sabemos que nenhuma pessoa vive um dia a mais ou a menos do que Deus planeja.“Todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir” (Salmos 139:16). 
Mas os dias dela foram tão poucos... 
A vida dele foi tão breve... 
Para nós parece assim. Falamos de uma vida curta, mas comparada à eternidade, quem tem uma vida longa? Os dias de uma pessoa na terra podem parecer uma gota no oceano. A sua e a minha podem parecer um golinho. Mas comparadas à eternidade do tamanho do Pacífico, até os anos de Matusalém não enchem mais do que um copo. Tiago não estava falando apenas aos jovens quando disse: “Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa” (Tiago 4:14). 
No plano de Deus toda vida é longa o suficiente e cada morte é oportuna. E mesmo que você e eu queiramos uma vida mais longa, Deus sabe melhor. 
E - isto é importante – mesmo que você e eu queiramos uma vida mais longa para os nossos amados, eles não querem. Ironicamente, o primeiro a aceitar a decisão de Deus da morte é quem morre. 
Enquanto estamos balançando a cabeça em descrença, eles estão levantando as mãos em adoração. Enquanto estamos lamentando em um túmulo, eles estão maravilhando-se no céu. Enquanto estamos questionando Deus, eles estão louvando a Deus.

Notas:

Texto original extraído do site www.maxlucado.com

domingo, 13 de novembro de 2011

A Verdade Sobre a Compatibilidade Conjugal




Phil Smidt

No que se refere à compatibilidade, eu e minha esposa somos muito diferentes.

Quando meu filho mais velho estava com três anos de idade, fui passear de carro com ele pela cidade. Um semáforo levou-o a me perguntar o que significava a luz amarela. "Filho", comecei a responder com minha sábia voz paternal, "uma luz amarela significa que precisamos ter cautela".

Sua mente inquisitiva queria testar essa teoria; por isso, fez a mesma pergunta à minha esposa no dia seguinte.  "Filho", ela lhe informou, enquanto agitava suas mãos enfaticamente, "uma luz amarela significa ANDE DEPRESSA!"

Minha esposa precisava ir a muitos lugares. Tinha pressa. Mas eu gostava de andar devagar e desfrutar do cenário.

O que é compatibilidade?

O dicionário define compatibilidade como "a capacidade de viver junto em harmonia". Nossa cultura valoriza muito a compatibilidade no casamento, mas acredita-se que é preciso achar a pessoa certa para se conseguir isso. Se você encontrar "aquela pessoa", haverá harmonia. No entanto, a Bíblia ensina que casamentos harmoniosos não são algo natural. Desde a Queda, relatada em Gênesis 3, o pecado nos tornou incompatíveis, porque os relacionamentos se tornaram naturalmente prejudicados e fraturados. Mas o evangelho nos dá esperança de vivermos em harmonia com os outros, quando Jesus reconstrói os relacionamentos. Focalizamos as outras pessoas em vez de focalizarmos a nós mesmos (Rm 15.5).

Compatibilidade bíblica

Então, o que a Bíblia diz especificamente sobre achar um cônjuge compatível? Um cristão verdadeiro deve casar-se com outro cristão verdadeiro (2 Co 6.14, 1 Co 7.39). Este é o ensino bíblico, porém significa muito mais.

Em vez de procurar uma pessoa compatível, os cristãos são instruídos a casarem-se com outro cristão e se tornarem cônjuges compatíveis. A transformação exige a graça e o poder de Jesus – boas novas para aqueles que procuram se casar ou já estão casados, pois Deus não deixa as mudanças por conta de nossos próprios esforços.

Perguntas que os solteiros devem fazer quando procuram um cônjuge biblicamente compatível:

1 - Como saber se ele ou ela se submete, de boa vontade, à autoridade de Deus?
Moças, se o rapaz não se submete à autoridade de Deus, ele é um homem perigoso. Rapazes, se a moça não se submete a uma autoridade piedosa agora (a um homem que, a propósito, não é você), ela é o tipo de mulher que Provérbios os adverte a evitar.

2 - Como saber se ele ou ela é submisso aos ensinos?
Se alguém gosta de discutir, está mais preocupado em ter razão do que em ser justo. Quando você pensa que venceu a discussão no casamento, na realidade perdeu. O casamento é amadurecimento manso, em que os cônjuges reconhecem que têm muito a aprender pelo resto da vida.

3 – Ele ou ela é conhecido e envolvido na comunidade cristã?
É fácil usar uma máscara quando nos sentimos atraídos por alguém e motivados por casamento. Se a pessoa não é conhecida na comunidade, você não a conhece. Outros precisam dar testemunho quanto ao seu caráter, integridade e fé.

4 - Como ele ou ela fala dos outros?
Se a pessoa é crítica, exigente ou petulante em suas atitudes e palavras, continuará assim no casamento. Logo, você se tornará o alvo da ira e do orgulho dela.

5 - Como ele ou ela reage quando confrontado com o pecado?
Quando alguém tenta esconder, disfarçar, acusar, desculpar ou racionalizar seu pecado, ele tem uma visão distorcida do evangelho. Por causa de Jesus, podemos confessar os pecados (1 João 1.0), arrepender-nos (Rm 2.4), andar na luz (Ef 5.8-9) e reconciliar-nos com Deus (2 Co 5.17-21).

Perguntas para os casados que desejam se tornar biblicamente mais compatíveis:

1 - O que você percebe, com frequência, que está certo ou errado em seu casamento?
Se você é cristão, há muita coisa certa com você, porque Jesus o salvou da ira de Deus e você lhe pertence. Você possui todos os recursos em Cristo à sua disposição (2 Pe 1.3). Como filho redimido de Deus, o perdão e a graça podem fluir livremente de seu coração, deixando que você seja proveitoso às fraquezas do seu cônjuge. Você vive dessa maneira?

2 – Quando foi a última vez que você fez alguma coisa intencional para o seu cônjuge?
A bondade e a consideração fortalecem o casamento. Todavia, muitos casais acham que podem falar com aspereza, desdém ou falta de perdão. "Para melhor ou para pior" não é permissão para pecar. Você precisará de fé e humildade para reagir com graça quando estiver irado, magoado ou for mal interpretado.

3 - Você crê que Deus sabia o que estava fazendo quando o fez casar-se com seu cônjuge?
Quando o casamento está difícil, você pode ser tentado a pensar que cometeu um engano e esquece que o casamento nos molda, com frequência, de maneiras dolorosas. Volte no tempo e lembre o que aprecia e admira no outro. É possível que essas qualidades ainda estejam presentes, mas você permitiu que o pecado e o egoísmo entrassem sorrateiramente e obstruíssem sua visão.

4 - É preciso que você se arrependa da insatisfação e das queixas no seu casamento.
É preciso haver uma intervenção sobrenatural do Espírito Santo para que sejamos gratos. Nossa tendência é comparar e queixar. A gratidão é um estilo de vida ordenado pelas Escrituras (Cl 3.15-17), e não uma simples sugestão para os feriados de verão. Pelo que você se sente grato? O que você gosta no seu cônjuge?

5 - Você e seu cônjuge oram juntos? Vocês oram um pelo outro?
É difícil ficar com o coração endurecido e amargurado com uma pessoa por quem você ora frequentemente. Deus fará uma grande obra no seu casamento enquanto você estiver orando. A oração mostra que necessitamos de Deus e é um ato de adoração.

Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin
Copyright © Resurgence 2011
Copyright © Editora Fiel 2011

O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Morte do Evangelho da Cruz




Pr. Airton Evangelista da Costa

Para as seitas, o “evangelho” da riqueza fácil é muito mais rentável.  O Evangelho da cruz, do arrependimento, do perdão do gloriar-se nas próprias fraquezas não mais atende às necessidades das ovelhas.

As Boas Novas foram substituídas pela participação dos fiéis em campanhas e pelo uso de amuletos que garantem sucesso nos negócios.

São muitos os testemunhos na televisão de empresários que ampliaram seus negócios após comparecerem com regularidade aos referidos eventos religiosos e, claro, após darem as ofertas requeridas. Não importa se continua em adultério, desonestidade, prostituição, cheio de soberba, e faça o que bem entender.  Nas campanhas, é proibido falar em pecado.

Quanto às entrevistas de sucesso empresarial, observem o seguinte: “De cada dez empresas criadas no Brasil, cinco quebram antes de completarem dois anos de existência” (Pesquisa SEBRAE). “Em oito anos, quase metade das empresas criadas no País fecha” (IBGE).

A falência ou sucesso acontece com empresários católicos, evangélicos, espíritas ou ateus, participem ou não de campanhas de prosperidade. Não duvido da sinceridade dos entrevistados nem do poder de Deus para atender os desejos de cada um de seus filhos. Porém, o sucesso não decorre da participação em uma campanha. Milhares de pequenos e grandes empresários, crentes, prosperam sem que participem de qualquer campanha. E milhares, quer participem, quer não participem, não conseguem bons resultados.

O merchandising das entrevistas nunca expõe os insucessos.  Ou seja, os empresários falidos, apesar dos dízimos e das campanhas, jamais serão entrevistados. Por que?

Serei mais objetivo. Num universo de 1.000 empresários ateus e 1.000 participantes de campanhas da prosperidade, o percentual de sucessos e insucessos nos negócios não se altera. Pela estatística que vimos, metade terá algum tipo de prosperidade e metade sofrerá perdas.

Notem que os entrevistados sempre começam declarando que “depois que vim para cá”, ou “depois que participei da campanha”. Raramente, glorificam a Deus pelo progresso. A glória pertence à Igreja patrocinadora do evento.

Para que houvesse transparência, imparcialidade e justiça, os menos favorecidos deveriam ser ouvidos. Porque não prosperaram? E os que experimentaram êxito, mas depois entraram em falência? E os assalariados que continuam no mesmo miserê, apesar de serem freqüentadores assíduos de tais apelos promocionais?  

O Senhor garante que somos abençoados, quer participemos de campanhas, quer não. Ele diz que devemos buscar em primeiro lugar, não as campanhas, mas o Seu Reino, e “todas estas coisas nos serão acrescentadas”, isto é, o comer, o beber, o vestir.

O engano está na sutileza do merchandising.

3.11.2011

Recebido por e-mail

sábado, 5 de novembro de 2011

A graça de Deus, favor imerecido



Rev. Hernandes Dias Lopes


A salvação do homem é vista pelas religiões do mundo inteiro apenas de dois modos: o homem é salvo pelos seus méritos ou pela graça de Deus. A salvação é um caminho aberto pelo homem da terra ao céu ou é resultado do caminho que Deus abriu do céu à terra. O homem constrói sua própria salvação pelo seu esforço ou recebe a salvação como dádiva imerecida da graça divina. Não existe um caminho alternativo nem uma conexão que funde esses dois caminhos. É impossível ser salvo ao mesmo tempo pelas obras e pela graça; chegar ao céu pelo merecimento próprio e ao mesmo tempo através de Cristo. 

A soberana graça de Deus é o único meio pelo qual podemos ser salvos. Os reformadores ergueram a bandeira do Sola Gratia, em oposição à pretensão do merecimento humano. Queremos destacar quatro pontos importantes no trato dessa matéria. 

1. A graça de Deus é um favor concedido a pecadores indignos. Deus não nos amou, escolheu, chamou e justificou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus; não está no mérito do homem, mas na graça de Deus, não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós. Deus não nos amou porque éramos receptivos ao seu amor, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé; Deus nos escolheu não porque éramos santos, mas para sermos santos; não porque praticávamos boas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência. 

2. A graça de Deus é concedida não àqueles que se julgam merecedores, mas àqueles que reconhecem que são pecadores. Aqueles que se aproximam de Deus com altivez, cheios de si mesmos, ostentando uma pretensa espiritualidade, considerando-se superiores e melhores do que os demais homens, são despedidos vazios. Porém, aqueles que batem no peito, cônscios de seus pecados, lamentam sua deplorável condição e se reconhecem indignos do amor de Deus, esses encontram perdão e justificação. A graça de Deus não é dada ao homem como um prêmio, é oferta imerecida; não é um troféu de honra ao mérito que o homem ostenta para a sua própria glória, mas um favor que recebe para que Deus seja glorificado. 

3. A graça de Deus não é o resultado das obras, mas as obras são o resultado da graça. Graça e obras estão em lados opostos. Não podem caminhar pela mesma trilha como a causa da salvação. Aqueles que se esforçam para alcançar a salvação pelas obras rejeitam a graça e aqueles que recebem a salvação pela graça não podem ter a pretensão de contribuir com Deus com suas obras. A salvação é totalmente pela graça, mediante a fé, independente das obras. As obras trazem glória para o homem; a graça exalta a Deus. A graça desemboca nas obras e as obras proclamam e atestam a graça. As obras são o fruto e a graça a raiz. As obras são a consequência e a graça a causa. As obras nascem da graça e a graça é refletida através das obras. 

4. A graça de Deus é recebida pela fé e não por meio das obras. A salvação que a graça traz em suas asas é recebida pela fé e não por meio das obras. Não somos aceitos diante de Deus pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz. A fé não é meritória, é dom de Deus. A fé é o instrumento mediante o qual tomamos posse da salvação pela graça. O apóstolo Paulo sintetiza este glorioso ensino, em sua carta aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10).

Fonte: Boletim 142 (recebido por e-mail)