“E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus” (Lucas 6:12).
VERDADE PRÁTICA: A vida de oração de Jesus é um exemplo para todo crente que deseja cultivar um relacionamento íntimo com o Pai e agradá-lo em tudo.
João 17: 1-4; 15-17; 20-22.
INTRODUÇÃO
A oração sacerdotal de Jesus, em João 17, expressa os sentimentos, pensamentos e vontades mais íntimas do Mestre em relação aos seus discípulos. O estudo deste capítulo é relevante, porquanto não somente revela o que nosso Senhor espera de sua Igreja, mas também evidencia a importância da intercessão de um líder em favor de seus liderados.
I – ORAÇÃO POR UMA VIDA DE COMUNHÃO COM O PAI
- Relacionamento com Deus (João 17: 2,3). Nos seus últimos momentos, Jesus demonstra em suas palavras dirigidas ao Pai o seu anseio para que os discípulos aprofundassem o conhecimento deles referente a Deus. Só conseguimos nos relacionar intimamente com alguém a quem conhecemos de modo profundo. Como o profeta Oséias recomenda: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” (6:3).
- Meditação e prática da Palavra de Deus (João 17:6). As Escrituras revelam o caráter de seu Autor e seus mais profundos anseios para o homem. A melhor maneira de conhecer o Pai e a sua vontade para seus filhos é meditar em sua Santa Palavra. A Lei do Senhor é capaz de ensinar, redargüir, corrigir, instruir em justiça (2 Timóteo 3:16), prosperidade (Salmos 1:1-3) e vida eterna (João 6:63; Hebreus 4:12; Salmos 119:50).
- Uma vida que glorifique a Deus (João 17:4). O homem foi criado para glorificar a Deus (Isaías 43:7, 21; 1 Coríntios 6:20). Jesus, quando esteve na terra, viveu para glorificar a Deus em todos os seus atos(João 17:4). De igual modo, o crente deve viver neste mundo para a glória do Senhor. À medida que nos relacionamos intimamente com o Senhor por meio da oração e da meditação em seus mandamentos, o seu caráter vai sendo moldado em nós e, por conseguinte, externamos uma vida que glorifica ao Senhor. Que a Igreja de Cristo busque ardentemente agradá-lo e glorificá-lo em todo tempo (1 Coríntios 10:31).
II – ORAÇÃO POR PERSEVERANÇA, ALEGRIA E LIVRAMENTO
- Perseverança (João 17:11,12). Enquanto Jesus esteve com os discípulos, ensinava-os a verdade e conduzia-os para que não se desviassem desta. Entretanto, sabia que, na sua ausência, a fé desses homens poderia enfraquecer. Por isso, intercede ao Pai para que continuassem crendo nele e guardando a sua Palavra, a fim de conseguirem perseverar no caminho, na fé, na verdade e na comunhão.
- Alegria (João 17:13). Jesus ora para que a alegria dos discípulos permaneça na sua ausência. A alegria do cristão, produzida pelo Espírito Santo, torna-o mais forte e resistente às adversidades. Por essa razão, Paulo recomenda aos tessaloniscenses e filipenses: “Regozijai-vos” (Filipenses 4:4; 1 Tessalonicenses 5:16).
- Livramento (João 17:15). Por conhecer o mundo em que viveriam seus discípulos — um mundo que jaz no maligno —Jesus revela uma preocupação muito grande com eles. Sendo assim, roga a Deus , como um bom Pai, que livre seus filhos do mal, ou seja, dos perigos, das tentações e investidas do diabo. Podemos descansar na proteção divina, uma vez que estamos refugiados no esconderijo do Altíssimo (Salmo 91:1). Contudo, é nosso dever orar e vigiar, “em todo o tempo” (Efésios 6:18), a fin de não entrarmos em tentação (Lucas 22:40).
III – ORAÇÃO POR SANTIDADE, UNIDADE E FRUTOS ESPIRITUAIS
- Santidade (João 17:17-19). Jesus suplicou a Deus que santificasse seus filhos. Ao longo de toda a Bíblia, observamos que o Senhor sempre requereu de seu povo separação total do mundo e do pecado e vice-versa. Tal santificação é obtida por meio da verdade, que é ao mesmo tempo Jesus e as Escrituras Sagradas. Saer santo não é apenas um desejo do Noivo para sua Noiva, é uma ordem (1 Pedro 1:16).
- Unidade (João 17:21,22). Em sua oração, Jesus ressalta a unidade existente entre Ele e o Pai. O Pau, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas divinas e distintas, mas são um em essência e vivem em perfeita unidade. Cristo anseia que seu Corpo viva de igual modo, unido. Essa virtude é conquistada e conservada por meio de um andar em Espírito (Gálatas 5:16-26).
- Frutificação espiritual (João 17:18). Assim como Deus enviava o seu amado Filho ao mundo, Jesus enviaria seus discípulos, a fim de que produzissem frutos permanentes. Aquele que está em Cristo — a Videira Verdadeira — naturalmente produz frutos da mesma espécie (João 15:5). É impossível estar ligado ao Senhor e, por conseguinte, desfrutar de comunhão íntima com Ele, e não frutificar (João 15:4).
CONCLUSÃO
A oração intercessória de Jesus no capítulo 17 de João revela, sobretudo, seu anseio por uma igreja que desfrute de um relacionamento profundo com Deus, reflita o seu caráter e busque única e exclusivamente a sua glória.
RESPONDA
- O que a oração sacerdotal de Jesus expressa?
- Qual a melhor maneira de conhecer o Pai?
- O que o crente deve fazer para não entrar em tentação?
- Por que o Senhor exige santificação de seu povo?
- É possível um cristão fiel não produzir frutos
RFLEXÃO
“A oração que consiste só em pedidos pode estar eivada de egoísmo e ingratidão.” (Estevão Ângelo de Souza)Fonte: Lições Bíblicas nº 8 - 4º trimestre de 2010
Casas Publicadoras das Assembléias de Deus - CPAD
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