domingo, 4 de abril de 2010
Quando o neon brilha mais do que a cruz
Dias atrás recebi um convite para participar de um show gospel numa igreja pentecostal perto de onde moro. Denominava-se um evento evangelístico, no qual deveria levar um amigo.
Mas, olhando bem para o convite, deixei de ir e, consequentemente, de levar um amigo. Tenho meus motivos.
Primeiro, apesar de ser um evento evangelístico, percebi que a intenção dos organizadores não seria evangelizar. Mas sim, lotar o local de jovens, onde seriam vendidas camisetas das bandas, CD's, DVD's, comes e bebes, badulaques e muitas coisas embaladas em papel gospel, tudo girando em torno do dinheiro.
Segundo, apesar de ser um evento evangelístico, percebi que as bandas tinham nomes esdrúxulos. Algumas nem prestavam para evangelizar as pessoas, mas para divulgar seus sucessos a fim de vender mais CD's.
Rap evangeliza? Rock evangeliza? Axé evangeliza? Funk evangeliza? Samba evangeliza?
Terceiro, apesar de ser um evento evangelístico, a finalidade não seria a evangelização. Mas arrecadar fundos para as próprias bandas, para os grupos de jovens irem para a praia, para organizar novos eventos evangelísticos e alimentar esse nocivo círculo vicioso.
Finalmente, apesar de ser um evento evangelístico, ninguém sairia dali evangelizado. Isso porque o fundamental à evangelização não estaria presente. O que estaria presente seriam pregações vazias sobre Deus, sobre religião e sobre Jesus e nada sobre carregar a cruz.
É só para diversão.
Um abraço!
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