sexta-feira, 23 de abril de 2010
Anônimo II
Esta é a história de Anônimo. Ele está desempregado, não sabe onde encontrar dinheiro para alimentar sua mulher e seus dois filhos. Mas Anônimo nunca deixa de ir, dia e noite, na igreja que frequenta.
El é obreiro em tempo integral. Vai a pé, já que não tem dinheiro para pegar ônibus, fica lá, horas e horas fazendo tudo o que o pastor manda fazer. Ora, se joga de joelhos, grita, pula, chora, ora, se joga de joelhos, grita, pula e começa tudo de novo.
Anônimo começa a ficar desesperado. Pois nada do que ele faz em obediência ao pastor dá resultado. Sua mulher está em casa cuidando dos filhos, sem nada para se alimentar. A esperança em Deus está por um fio.
Como anônimo, quando trabalhava, fazia suas ofertas e doava dez por cento de seu salário todo mês, sem reclamar, pois sabia que estava fazendo tudo para o crescimento da obra de Deus, como dizia seu pastor, resolveu ir lá na frente, falar com o pastor.
-- Pastor, lembra de mim? Tenho vindo neste templo há muitos anos. Eu dava o dízimo todo santo mês e nunca deixei de ofertar sempre que podia. Agora estou desempregado e não posso mais ofertar nem dizimar...
O pastor o interrompe, e diz:
-- Rapaz, não te conheço. Nunca vi você por aqui.
Surpreso, Anônimo replicou:
-- Mas pastor, eu sempre levava o senhor na minha casa para almoçar e jantar. Como o senhor diz que nunca me viu nem me conhece?
-- Não me lembro, me dá licença?
-- Pastor, preciso de ajuda...
-- Que posso fazer por você?
-- Pastor, li na Bíblia que as pessoas doavam dinheiro para a igreja para que ela ajudasse os pobres e para que não houvesse necessitado algum...
-- Mas eu não te conheço...
-- Pastor, por favor, me deixa terminar...
-- Fala.
-- Estou desempregado, e minha família está sofrendo comigo as consequencias disso. Como eu tenho dado o dízimo e ofertado todos os meses em todos os cultos, gostaria de pedir um favor para a igreja, para que me ajude a comprar alimentos e roupas para minha mulher e meus dois filhos.
O pastor, olhando Anônimo de alto a baixo, disse:
-- Você vem aqui me pedir dinheiro? Por que não ora e pede a Deus? Se você confia em Deus, ele te dará tudo o que pedir.
-- Eu creio pastor, mas na Bíblia diz que a igreja deve socorrer aqueles que estão em necessidades.
-- Desculpe, mas não posso fazer nada. Vai orar...
Enquanto ia saindo do templo, viu o pastor carregando uma grande sacola e uma cesta de alimentos muito cara para o interior do seu carrão de luxo, que ele dizia ser um presente de Deus por sua dedicação à igreja.
Anônimo voltou naquele dia para casa, a pé, chorando, triste, pensando no que falaria para sua esposa, já que não conseguira nenhum tipo de ajuda do pastor, nem da igreja.
"E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. Então José, cognominado pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre, possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos." (Atos 4:32-37)
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