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quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que é necessário hoje?


John Piper

O que é necessário para que os milhares de cristãos em nossas igrejas tenham o desejo ardente de falar do evangelho aos incrédulos? Um dos motivos por que não fazemos isso como deveríamos é que a vida é tão cheia de entretenimento, que pensamentos sobre necessidades espirituais desesperadoras e eternas são difíceis de serem nutridos por nós e mais difíceis ainda de serem compartilhados com os outros. O mundo é interessante e divertido demais. Parece inadequado tornarmos a nós mesmos ou aos outros desconfortáveis com pensamentos sobre pessoas que estão perecendo. Fazer isso é árduo. E a nossa vida é tranquila.

Talvez Deus resolva fazer o que fez na igreja em Jerusalém. Eles não estavam saindo de Jerusalém para a Judéia, Samaria e às partes mais remotas do mundo, a fim de evangelizar, como Jesus lhes dissera (Atos 1:8). Por isso, Estevão foi escolhido para dar um testemunho tão irresistível (Atos 6:10), que a única maneira de seus adversários controlarem-no seria matando-o (Atos 7:60).

Quando eles fizeram isso, a perseguição se estendeu a todos os cristãos em Jerusalém. "Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria" (Atos 8:1). Qual foi o resultado? Eis a resposta: "Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra" (Atos 8:4). Isso significa literalmente: "Aqueles que foram espalhados iam evangelizando em toda parte" (euangelizomenoi ton logon - Atos: 8:4-5). Eles não eram pregadores, eram apenas pessoas comuns, melhares delas (Atos 2:41). Depois que foram obrigados a sair de suas casas, foram a muitos lugares contando as boas-novas.

Essa não é uma reação espantosa às perseguições, à dor, à perda, ao exílio e à falta de um lar? Eles não foram a toda parte reclamando, nem questionando a Deus. Foram a toda parte "anunciando as boas-novas". Oh! amemos tanto o evangelho e tenhamos tanta compaixão dos perdidos, que a tribulação, a aflição, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada, as armas, os terroristas não nos tornem medrosos que só reclamam, e sim arautos ousados das boas-novas.

Precisamente quando foram perseguidos, eles saíram por toda parte contando as boas-novas de Cristo. Talvez o Senhor faça isso outra vez. Certamente, Ele o está fazendo em algumas partes do mundo, e milhões estão nascendo de novo - mediante a pregação amorosa, ousada e clara de cristãos perseguidos.

Extraído do livro "Finalmente Vivos", de John Piper, Editora Fiel, pág. 167 e 168.

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