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sábado, 27 de outubro de 2012

Aos Santos em Cristo Jesus



Jaime Marcelino
  
"Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Fp 1: 1, 2)

Dirijo-me a todos os evangélicos leitores deste site, desejoso de que a saudação contida no texto acima encontre guarida nos seus corações. No entanto, é necessário que reflitamos no referido texto, crendo que nosso Senhor Jesus Cristo nos dará compreensão e a experiência da graça e da paz! 

Ora, Paulo, o real autor da carta aos filipenses, no momento que a escreveu estava preso e acorrentado a soldados especiais, que eram os da guarda pretoriana! Mas, apesar disso, vemo-lo cheio de contentamento, a ponto de desejar aos seus irmãos, que estavam livres ou fora da cadeia, o que ele e Timóteo experimentavam abundantemente - "graça e paz"! Ora, qual é o segredo de tal experiência?

1. Paulo e Timóteo eram conscientes do privilégio que é ser escravo de Cristo Jesus. Vejo isso pelo fato de eles terem se apresentado como "servos de Cristo Jesus". Ora, isso é da máxima importância, uma vez que eles dois se rendiam, não a homem algum, mas à vontade dAquele que, dos céus, domina sobre tudo (cf. Fp 2). Por essa razão, Paulo não considerava a sua prisão como proveniente de César, o imperador, pois disse: "as minhas cadeias em Cristo" (Fp 1:). Também, Paulo pode dizer que seu viver era Cristo (Fp 1: 21); sua fortaleza era Cristo (Fp 4: 13); sua alegria estava em Cristo (Fp 4: 10); e, seu morrer era lucro, por ser Cristo seu tudo! Oh! Que grande privilégio é servir a Cristo Jesus! E nisso está a abundante graça!

2. Como "servos de Cristo Jesus", quer presos quer soltos, Paulo e Timóteo alegremente serviam aos que seu Senhor conquistou para Si, a saber, "todos os santos em Cristo Jesus". Muito se poderia escrever sobre isso, mas uma das maiores provas da amorosa disposição de Paulo para servir a seus irmãos pode ser vista quando ele se encontrou num santo dilema. Ei-lo: Depois de ter afirmado: "Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro", e mais: "estar com Cristo [...] é incomparavelmente melhor", Paulo declarou cheio de amor: "Mas, por vossa causa. É mais necessário permanecer na carne. E, convencido disto, estou certo que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé" (Fp 1: 21-26). Em outras palavras, mesmo esmagado pelos dois desejos, preferiu servir aos irmãos, deixando de querer o que seria incomparavelmente melhor, para ele. Afinal, seu amor por Cristo o levava a servir "os santos em Cristo Jesus", para que, disse ele: "aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco" (v. 26). E quanto a Timóteo, o que pode ser dito? Basta que tomemos as doces palavras de Paulo acerca de Timóteo, e isso será o bastante para demonstrar quanto ele servia a Cristo servindo os santos em Cristo Jesus: "Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus. E conheceis o seu caráter provado, pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai. Este, com efeito, é quem espero enviar, tão logo tenha eu visto a minha situação" (Fp 2: 20-23).

Oh! Quanta "graça" havia nesses dois servos de Cristo Jesus! E quanto eles, na medida em que serviam os santos em Cristo Jesus, gozavam "paz"!

3. Paulo e Timóteo criam ser também "santos em Cristo Jesus". Antes de serem servos de Cristo Jesus, eles foram "chamados para [ser] santos" no sentido de "separados para dedicação ou devoção a Deus"; mas, sobretudo, foram feitos santos no maravilhoso aspecto da sua nova natureza. Daí, o uso que Paulo fez da expressão "em Cristo Jesus", para definir e qualificar o vocábulo "santos". Neles, pois, habitava o Espírito Santo, o regenerador e santificador do povo de Deus. O Espírito que fora enviado em nome do Pai e do Filho, a fim de glorificar o Filho. Por isso, Paulo e Timóteo criam que, sendo Jesus "santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus" (Hb 7: 26), e que tendo "oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados [...] aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hb 10: 12, 14). Por esta razão, Paulo e Timóteo, sendo "santos em Cristo Jesus", procuravam "ser achados em Cristo Jesus" para mais e mais "alcançar" o alvo para o qual foram conquistados por Cristo Jesus, a saber, a perfeição em Cristo Jesus. Em outras palavras, eles se esforçavam para experimentar o que disse o apóstolo Pedro: "antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe3: 18).

Espero que tenham percebido como "exagerei" no uso da expressão "Cristo Jesus". Por que o fiz? Porque devemos estar certos de que nossa maior necessidade é ter a Cristo Jesus como nosso tudo! E se quisermos ver esta atitude em Paulo, basta que observemos que ele usou o Nome do Senhor Jesus, nos dois versículos do nosso texto, três vezes!

Assim, caro leitor, se você já crê no glorioso evangelho de Deus, com respeito ao Seu Filho, Jesus Cristo, lembre duas coisas: Primeiro, a graça do Senhor Jesus lhe foi abundante, pelo que você nasceu de novo, tendo sido feito um dos "santos em Cristo Jesus". Segundo, lembre que é vital que a graça do Senhor Jesus continue operando para que os "santos em Cristo Jesus" vivam a vida cristã de modo a glorificar a Deus em Cristo Jesus. E é somente pela operação da graça de Deus em Cristo Jesus, que é Seu favor beneficiando os santos em Cristo Jesus, que eles servirão a Cristo Jesus, servirão aos demais no Senhor Jesus. E assim, "a Paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus"!

Fonte: Editora Fiel - Devocional do Mês, Edição 16 - Outubro

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A música ganha um novo significado na Síria

Diferente de outros lugares do mundo, na Síria, as crianças acordam com o som de uma “música” diferente; convivem com ele durante o dia e, quando vão dormir, ainda podem escutá-lo: tiros e explosões
Dezenove meses de luta e nenhum sinal do fim da guerra civil na Síria. Essa é a realidade dos milhões de sírios que vivem no país em que, anos atrás, Saulo se converteu, a caminho de Damasco.
"Conversei com uma menina ontem, em Damasco", disse Salma*, contato da Portas Abertas na Síria. “Ela compartilhou uma mistura de seriedade e humor que demonstra a situação terrível na qual vivem as crianças no país, hoje em dia. A Yasmin me contou que há chuvas e trovoadas em Damasco quando a temporada de outono está se aproximando. Mas ultimamente, ela continuou a me dizer com um pequeno riso, 'está chovendo e trovejando não apenas a chuva que Deus nos envia, mas todo o tipo de coisas’. Crianças chamam o som de explosões, ataques, tiros de canhões de música”, narrou Salma.
Yasmin também contou sobre bombardeios perto de sua escola. "Todas as janelas quebraram mas, graças a Deus, eu não fui atingida pelo vidro. Enquanto todos os alunos estavam correndo, com muito medo e chorando, eu e um amigo pudemos sentir a paz de Jesus sobre nossas vidas”. Que lições profundas essas crianças têm aprendido!
"Bombardeios com mísseis e ataques armados têm acontecido em todo o país. Nas regiões de Aleppo e Damasco só tendem a aumentar", alertou Salma. "Mas a misericórdia de Deus está sobre a Sua Igreja. A dor e o sofrimento são vistos diariamente, mas a igreja tem mantido sua esperança em Jesus."
A realidade é dura. No último domingo (21), houve um ataque à bomba no bairro cristão de Bab Toma, na cidade de Damasco. "Treze pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas. Uma pessoa da Igreja Presbiteriana morreu. Jenna, da Igreja do Nazareno foi ferida. Ela contou como Deus levantou-a por um milagre e a colocou de volta no chão. Ela passou pelo carro com a bomba apenas três segundos antes de o veículo explodir, perto das 11 horas da manhã”, relatou Salma.

Um dos pastores de uma igreja próxima à explosão disse que o ataque não aconteceu muito tempo depois do término do culto daquela manhã. "Mesmo com a perseguição assim tão evidente, muitos irmãos voltaram à igreja para o culto da noite”, afirmou o líder cristão.
Um pastor de Aleppo confirmou que os preços dos produtos estão cada vez mais altos. "Estamos em uma situação muito difícil e ainda não sabemos onde vamos parar. Mas, graças a Deus, depois de uma semana sem água corrente, temos água novamente. Ter água é um luxo nos dias de hoje”, contou.
Em muitas situações, as pessoas em Damasco vivem a proteção de Deus e testemunham sobre isso. Martitza compartilhou: "Meu quarto foi destruído por uma granada que caiu nas proximidades. Minha cama foi dividida ao meio. Porém, naquela noite, eu estava tomando conta da minha sogra, que está muito doente. Se estivesse em casa, eu morreria na minha cama."
Um líder cristão da mesma cidade ficou ferido durante o bombardeio que atingiu o prédio de uma Igreja Ortodoxa. No ataque, ele caiu da escada e perdeu um olho.
Em meio aos combates, é comum a ocorrência de sequestros. De acordo com Salma, um sacerdote e sua esposa foram sequestrados em Katana. “Ataques contra cristãos em áreas específicas têm aumentado consideravelmente." Ela declarou que as Igrejas continuam fazendo o seu melhor para alcançar as pessoas prejudicadas e cuidar delas. "Eles concentram-se no auxílio aos necessitados e esperam em Cristo por Seus planos de paz."
Pedidos de oração
• Ore, pedindo fortalecimento para os líderes das Igrejas sírias. O estado constante de guerra e violência tem provocado muito cansaço, mas eles têm feito o seu melhor para continuar lidando com a crise diária.
• Peça a Deus por segurança e ousadia para aqueles que têm permanecido firmes, mesmo em meio às tempestades.
• Clame por paz na Síria.
*Por razões de segurança, todos os nomes citados no texto foram alterados.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag




sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Por que eu creio na Bíblia?



Rev. Hernandes Dias Lopes


Eu creio na Bíblia porque ela é totalmente fiel e confiável quanto à sua origem, conteúdo e propósito. Ela vem de Deus, revela Deus e chama o homem de volta para Deus. O homem não é o centro da Bíblia; Deus é. A Bíblia é o livro dos livros. Concebida no céu, nascida na terra; inspirada pelo Espírito de Deus, escrita por homens santos de Deus; proclamada pela igreja, crida pelos eleitos e perseguida pelo mundo. A Bíblia é o livro mais lido no mundo, mais amado no mundo e o mais perseguido no mundo. Destaco três verdades axiais sobre a Bíblia:

Em primeiro lugar, quanto à sua origem, afirmamos categoricamente que a Bíblia procede de Deus. A Bíblia não foi concebida no coração do homem, mas no coração de Deus. Não procede da terra, mas do céu. Não é produto da lucubração humana, mas da revelação divina. Muito embora homens santos foram chamados para escrever a Bíblia, e nesse processo Deus não anulou a personalidade deles nem desprezou o conhecimento deles, o conteúdo da Escritura é inerrante. O próprio Deus revelou seu conteúdo e assistiu os escritores para que registrassem com fidelidade seu conteúdo. A Bíblia não é palavra de homens, mas a Palavra de Deus. É digna de inteira confiança, pois é inerrante quanto a seu conteúdo, infalível quanto às suas profecias e suficiente quanto a seu conteúdo. 

Em segundo lugar, quanto ao seu conteúdo, afirmamos confiadamente que a Bíblia fala sobre Deus e sua oferta de salvação. Só conhecemos a Deus porque ele se revelou. Revelou-se de forma geral na obra da criação e de forma especial em sua Palavra. É verdade que os céus proclamam a glória de Deus e toda a terra está cheia de sua bondade. É verdade que podemos encontrar as digitais do criador em todo o vasto universo. Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Porém, conhecemos acerca de seu plano redentor através das Escrituras. A salvação é um plano eterno de Deus. Mesmo nos refolhos da eternidade, o Pai, o Filho e o Espírito, o Deus Triúno, planejou nossa salvação. Nesse plano, o Pai escolhe para si um povo e envia o Filho ao mundo para redimi-lo. Jesus faz-se carne. Veste pele humana, vive entre os homens, cumpre cabalmente a lei, satisfaz a justiça divina e como nosso representante e substituto leva sobre si nossos pecados sobre a cruz e morre vicariamente, pagando nossa dívida e adquirindo para nós eterna redenção. Completando a obra da salvação, o Espírito Santo aplica, de forma eficaz, a obra de Cristo no coração dos eleitos, de tal forma que aqueles que Deus predestina, também os chama e aqueles a quem chama, também os justifica e aos que justifica, também os glorifica. É impossível, portanto, que aqueles que foram eleitos por Deus Pai, remidos pelo Deus Filho e regenerados e selados pelo Espírito Santo pereçam eternamente. O mesmo Deus que começou a boa obra em nós, completá-la-á até o dia de Cristo Jesus. 

Em terceiro lugar, quanto ao seu propósito, afirmamos indubitavelmente que a Bíblia visa a glória de Deus e a redenção do pecador. A Bíblia não é um livro antropocêntrico; é teocêntrico. Seu eixo central não é o homem, mas Deus. Seu propósito não é exaltar o homem, mas promover a glória de Deus. Não é mostrar quão grande o homem é, mas quão gracioso é Deus. A história da redenção é a mais bela história do mundo. Fala de como Deus nos amou, estando nós mortos em nossos delitos e pecados. Fala de como Deus nos resgatou estando nós prisioneiros no cativeiro do pecado. Fala de como Deus nos libertou estando nós no império das trevas, na casa do valente, dominados pelo príncipe da potestade do ar. Nossa redenção tem como propósito maior a manifestação da glória de Deus e o nosso prazer nele. Concluo, portanto, com a conhecida afirmação de John Pipper: "Deus é tanto mais glorificado em nós, quanto mais nós nos deleitamos nele".


Fonte: Boletim nº 165 (recebido por e-mail)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

As boas novas do evangelho num mundo de más notícias



Rev. Hernandes Dias Lopes

O mundo está empapuçado de más notícias. Tem um prazer mórbido de se alimentar com as informações dragadas do submundo do crime, da corrupção e da violência. Notícia boa não vende jornal nem desperta interesse. O homem corrompido refestela-se com os petiscos imundos do pecado. É nesse contexto de mazelas e decadência que Paulo escreve sua carta aos Romanos, para falar do evangelho. Destacamos, aqui, algumas lições:

Em primeiro lugar, qual é a natureza do evangelho. O evangelho trata das boas novas de salvação num mundo imerso na mais completa perdição. O homem morto em seus delitos e pecados é escravo da carne, do mundo e do diabo. É filho da ira e caminha para a perdição. Está no reino das trevas e sob a potestade de Satanás. Sem qualquer mérito existente nesse homem, Deus o amou. Mesmo sendo inimigo de Deus, o próprio Deus caminhou na sua direção para reconciliá-lo consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. O Evangelho, portanto, é Deus buscando o perdido. É Deus abrindo para o pecador um novo e vivo caminho para o céu. O evangelho é a expressão da graça de Deus, manifestada em Cristo, aos pecadores perdidos.


Em segundo lugar, quais as atitudes que devemos ter em relação ao evangelho. O apóstolo Paulo assumiu três atitudes importantes em relação ao evangelho. "Eu sou devedor" (Rm 1.14). "Eu estou pronto a anunciá-lo" (Rm 1.15). "Eu não me envergonho" (Rm 1.16). Somos devedores porque Deus nos confiou esse tesouro e não podemos retê-lo apenas para nós. Precisamos ser mordomos fiéis na entrega fiel dessa mensagem salvadora. Devemos estar prontos a anunciar o evangelho em todo tempo, em todo lugar, a todas as pessoas, de todas as formas legítimas, usando todos os recursos disponíveis. Não podemos nos envergonhar dessa mais importante mensagem, a boa nova de que Deus nos amou e enviou seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna!


Em terceiro lugar, qual é a eficácia do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação. Porque Deus é onipotente, o evangelho também o é. Não há outra alternativa para o homem ser salvo a não ser pelo evangelho. Não há pecador tão arruinado moralmente e tão perdido espiritualmente que o evangelho não possa alcançá-lo. O evangelho não é um poder destruidor. É o poder de Deus para a salvação. É o poder que levanta o caído, que encontra o perdido e dá vida ao que está morto em seus pecados. O evangelho revela-nos que a salvação está em Cristo e somente nele. Nenhuma religião pode salvar o homem. Nenhum credo religioso pode reconciliar o homem com Deus. Nenhum sacrifício ou obra humana pode aliviar a consciência do pecador nem mesmo conduzi-lo à salvação.


Em quarto lugar, qual é a exigência do evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. O evangelho de Cristo oferece salvação a todos sem acepção, mas não a todos sem exceção. Há uma limitação imposta. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e não para aqueles que permanecem incrédulos e impenitentes. A ideia de que no dia final todos serão salvos está absolutamente equivocada. A salvação universal, ou seja, para todos sem exceção é uma grande falácia. A ideia de que aqueles que rejeitaram o evangelho serão destruídos e deixarão de existir, também, não possui amparo nas Escrituras. A Palavra de Deus fala de bem-aventurança eterna e tormento eterno. O inferno não é a sepultura nem a cessação da existência. O inferno é um lugar um estado de penalidades eternas que está no final de toda vida sem Cristo.


Sabendo que o evangelho é a melhor notícia, vindo do céu, da parte do próprio Deus, acerca da salvação eterna em Cristo Jesus, oferecendo-nos redenção, remissão de pecados e vida eterna, precisamos tomar duas atitudes: Primeira, recebermos com gratidão, pela fé, essa gloriosa oferta. Segunda, comprometermo-nos a proclamar essa mensagem com senso de urgência, no poder do Espírito Santo.

Fonte: boletim nº 164 (recebido por e-mail)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pastor: um cuidador admirável


Pr. Valdemar de Souza
Essa não é qualquer missão e nem é para qualquer pessoa. Ser pastor significa ter recebido o chamado divino para cumprir a abençoada missão de cuidador das vidas que foram salvas pela maravilhosa Graça. O seu trabalho criterioso e dedicado, sempre objetiva levá-las à maturidade espiritual e ao seu desenvolvimento ministerial. A Palavra da Verdade é o seu instrumento de trabalho para exortar e fortalecer das suas ovelhas. É alguém sempre atento às necessidades do seu rebanho e, na presença de Deus busca direção, conforto e autoridade para melhor conduzi-lo. Se por um lado o privilégio do pastoreio o alegra, por outro, a responsabilidade e o desejo pelo melhor desempenho o mantém ligado e comprometido com as demandas e desafios próprias do seu ministério.
Nesse “Dia do Pastor”, lembremo-nos de que esse cuidador de vidas não é um “anjo” como muitas vezes é considerado e nem mesmo um crente especial como às vezes se vê. Esse cuidador, mesmo dotado de dons espirituais para o desenvolvimento do seu ministério, é um ser humano, sujeito às limitações e necessidades de um ser humano.
A esse cuidador admirável que neste momento passa por lutas pessoais, crise vocacional, incompreensão, rejeição, enfermidades, falta de campo e outros problemas, uma palavra de encorajamento para que prossiga com fé, resiliência e determinação, olhando para Jesus, Supremo Pastor, referência para a vida e para o ministério. Usando a linguagem do pugilismo, “não jogue a toalha”, permaneça firme. Creia, Ele o ajudará a vencer e prosseguir.
A todos os pastores e pastoras da IPI do Brasil o abraço fraterno, companheiro e amigo nesse dia especial. Parabéns por escolher servir a Jesus como cuidador de pessoas.
Pr. Valdemar de Souza
Secretário Pastoral da IPI do Brasil.

sábado, 6 de outubro de 2012

Corrupção no Ministério de Jesus



Pr. Airton Evangelista da Costa

SE NÃO FOI A MAIOR em valor envolvido e significado, com certeza a corrupção protagonizada por Judas Iscariotes foi a mais divulgada na história da Humanidade. Está na Bíblia, o livro mais lido de todos os tempos.

Na linguagem jurídica da atualidade, o Traidor cometeu o crime de “corrupção passiva”. Ele usou do conhecimento que detinha sobre o local onde Jesus se encontrava; sua condição de apóstolo era garantia de que podia se aproximar do Mestre sem levantar suspeita; recebeu as cinqüenta peças de prata e executou o “ato de ofício”, isto é, entregou Jesus aos soldados, como combinara.

Judas responderia hoje também pelo crime de “formação de quadrilha”. Ele se encontrou secretamente com os “príncipes dos sacerdotes” para acertar preço e condições da traição e guiou-os até o local onde o Senhor se encontrava (Mt 26.14-16, 47-49; At 1.15).

O Traidor é acusado de mais um delito: o de ladrão. Como tesoureiro, apropriava-se de recursos que lhe eram confiados (Jo 12.6). Pelo visto, não guardara em seu coração as sábias palavras de Jesus, sua doutrina revolucionária, conselhos e exortações. Fazia parte dos Doze, mas era um estranho no ninho.  Seu ardente desejo era ser muito rico, possuir muitos bens, certo de que não seria descoberto nem punido.

Trinta moedas de prata mais o que subtraíra da “bolsa” já era um bom começo.  De ilicitude em ilicitude, preparou sua própria perdição.   “Então, Judas, o que o traíra, vendo que [Jesus] fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.3-5).

Corrupção significa ato ou efeito de subornar, vender e comprar vantagens, desviar recursos, fraudar, furtar em benefício próprio e em prejuízo do Estado ou do bem público. Seja ativa, aquele que compra vantagens, ou passiva, aquele que vende, a corrupção é um ato condenável em todos os aspectos.
Os corruptos desta era seguem semelhante trajetória de ascensão rumo à riqueza e ao poder. Começam com pequenas falcatruas, pequenos atos desonestos.  Sabem que precisam de muito dinheiro para constituir uma organização criminosa. São pacientes e persistentes.

Os passivos, como Judas, vendem suas consciências por muito pouco.  São os que estão na base da pirâmide. Outros, os de maior grau de influência, em nível mais elevado de poder e autoridade, exigem uma “reciprocidade” maior.  Concordam em que cada homem tem seu preço.

O julgamento de Judas estava prescrito de há muito: “Ai daquele homem [disse Jesus] por quem o Filho do Homem é traído. Bom seria para esse homem se não houvera nascido” (Mt 26.24).

Os vendilhões da pátria, roubadores do dinheiro público já estão julgados. Ainda que falhem a justiça dos homens, a de Deus é infalível, ou seja, “os ladrões não herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10). Não passarão apenas uma temporada na cadeia, nem terão direito a prisão domiciliar. O castigo no lago de fogo e enxofre é por toda a eternidade (Ap 20.10). Alheios a essas advertências, os corruptos não sofrerão “a expectação horrível de juízo e ardor de fogo”, de que fala Hebreus 10. 27. Pouco importa o que lhes acontecerá depois da morte. Mas temem, sofrem e se angustiam diante da expectativa de se abrirem as masmorras das prisões terrenas para recebê-los.

Ante a possibilidade de serem julgados e condenados, os réus se arrependem? Sentem remorso? Difícil fazermos incursões na alma humana.  Uma coisa é certa: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo” e receber a condenação divina (Hb 10.31).

04.08.2012