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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Evangélicos não convertidos



Pr. Airton Evangelista da Costa

SER EVANGÉLICO, ou melhor, freqüentar igrejas evangélicas continua sendo uma boa opção para muitos. O termo “protestante” está em desuso. Os evangélicos não convertidos ou num lento processo de libertação, que tentarei identificar, odeiam protestar contra qualquer coisa. Quais suas principais características?

Sabem que possuem um conhecimento superficial da Palavra, mas nada fazem para superar essa deficiência. Às vezes, se mostram curiosos por conhecer detalhes da Bíblia - “Quantos anos viveu Moisés?”; “Por que Deus não prende logo satanás e seus anjos?”- mas longe estão de pesquisar e meditar.

São facilmente manipulados pelas seitas; são propensos a acreditar no “outro evangelho”; não conseguiram se libertar da idolatria da igreja tradicional; trocaram as imagens pelos amuletos: um lençol, um cajado, um punhado de sal, um copo dágua.

Mudam com freqüência de igreja. Procuram uma que se adapte ao seu modo de pensar e agir.

São pouco dados à contestação de desvios doutrinários. Alegam que devemos respeitar as opiniões dos outros. Para os pecados, alegam que todos somos pecadores, que ninguém pode atirar a primeira pedra, que Deus conhece nossas fraquezas: “Ele sabe que sou fraco”. São desculpas para o pecado consciente e continuado.

Por não conhecerem a Palavra, não dão o devido valor à defesa dos princípios cristãos, dos valores éticos e morais. Fogem a essas discussões: “Todo mundo faz”; “cada um por si e Deus por todos”; “vivo a minha vida, dou esmolas, vou à igreja aos domingos, dou minha oferta”. Nem fedem, nem cheiram.

Raramente participam dos trabalhos da igreja. Não evangelizam, não freqüentam círculos de oração, não louvam, não pregam, não freqüentam escolas bíblicas.

O nome “evangélico” soa muito bem em seus lábios. Esse vocábulo tem uma sonoridade toda especial. De quando em vez, artistas do rebolado e figuras televisivas se apresentem ostentando a bandeira evangélica.

Satisfazem-se em saber que a mulher do governador é evangélica; o prefeito é evangélico; o deputado tal é evangélico, mas evitam o “desgaste” de afirmar que sua auxiliar doméstica é evangélica. Esta não é sua irmã em Cristo. Não freqüentam a mesma igreja, a igreja da elite. Dizer que o camelô da esquina é seu irmão de fé? Nem pensar.

“Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8). “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 Jo 3.18).

25.10.2010
Revisado/atualizado em 09.01.2012

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