Fernando Paulo e
Missionária Fernanda de Abreu Ferreira
Fernando Paulo Ferreira
“Levanta-te, vai à grande
cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. Mas
Jonas levantou-se a fim de fugir de diante da face do Senhor para
Társis. Desceu a Jope, onde achou um navio que ia para Társis. Pagou sua
passagem, e embarcou nele, a fim de ir com eles para Társis, para longe da
presença do Senhor” (Jonas 1:2,3)
A atitude de Jonas pode ser
comparada a de muitos cristãos hoje em dia. Ninguém quer pregar a palavra num
lugar onde o pecado abunda, mas preferem fazer turismo onde a ganância abunda.
Por que fazem isso? É porque
no lugar para onde o Senhor nos manda ir não tem o conforto com que estamos
acostumados. Não querem ir a um lugar onde falta eletricidade, onde faltam
lojas de conveniência, onde teríamos que nos hospedar em casas simples de
pobres mortais, como nós.
Nestes lugares a palavra de
Deus ainda não chegou, e muitos cristãos não querem ter essa responsabilidade
de pregar e mudar a vida dos seus moradores, levando-lhes o básico da educação,
das melhores condições de vida, do alimento diário da Palavra e da presença de
Deus entre eles.
Muitos de nós, cristãos,
preferimos doar ofertas para que alguém faça isso por nós. Mas a ordem de Deus de ir e pregar o
evangelho é para todos, sem distinção. Deus chamou Jonas, mas Jonas não quis
ir, preferiu ir a Társis, uma cidade próspera na época, onde podia-se passear,
conviver com beberrões, prostitutas e outros pecadores. Mas Deus mostrou a
Jonas quem dá a ordem. Ele mandou a tempestade, revelou aos marinheiros a causa
da tempestade e eles jogaram Jonas ao mar e tudo se acalmou, convertendo-se ao
Deus vivo. Nesse ponto, a desobediência de Jonas deu frutos, mas a ordem de
Deus ainda estava de pé: “Vá a Nínive!”
E Jonas foi, desgostoso, como
uma criança que é obrigada pela mãe a fazer o que não quer. Mas ele foi, pregou
a palavra do Senhor na cidade de Nínive, onde habitavam cento e vinte mil almas
que não sabiam discernir entre o certo e o errado. E eles se arrependeram. E Jonas
ainda tinha a esperança de que Deus destruísse os habitantes daquela cidade,
pois eram pecadores.
E como Jonas, muitos
cristãos consideram os não cristãos mais pecadores do que nós e nos recusamos a
levar a palavra de arrependimento a eles. Tornamos-nos pecadores piores ao
agirmos assim. Isso porque estamos desobedecendo a uma ordem direta de Deus.
Todos os finais de semana,
início de férias e vésperas de feriadões, muitos cristãos pegam a estrada a fim
de fugir de diante da face do Senhor e ir a praias, resorts, fazendas e
montanhas, a fim de esticar as pernas, deitar na grama, tomar banho de mar,
desfrutando das maravilhas que Deus criou, mesmo sabendo que em vários lugares
há pessoas que precisam de uma palavra de conforto, aconselhamento, repreensão
e orações. Podem dizer que temos o
direito de descansar, eu concordo. Mas teríamos muito mais satisfação em
obedecer a palavra de Deus, indo e fazendo algo de que Deus se agrada.
Descanso não falta para quem
faz a vontade de Deus. Afinal, a obra de Deus não é penosa. Não exige esforço,
não nos prende a escritórios. A obra de Deus é ir a lugares onde falta alimento
espiritual, o qual nós temos de sobra, onde falta conforto espiritual, que nós
também temos de sobra e dividir com as pessoas desses lugares. Essas pessoas
sentirão alivio. E Nós sentiremos prazer por ter lhes proporcionado e
compartilhado aquilo que Deus nos deu.
Não devemos nos preocupar
com o conforto dos lugares distantes, podemos levar barracas, nos hospedar em
casas de outros cristãos ou ainda em escolas. Pois Deus que é rico em misericórdias,
não nos deixará faltar nenhuma dessas coisas e providenciará tudo o que
necessitamos.
Nas minhas próximas férias,
irei à cidade de Maturéia, no Sertão da Paraíba, onde minha esposa está
trabalhando na obra do Senhor. Ela aceitou o desafio de obedecer à palavra de
Deus e não fugiu para a praia, para as montanhas e nem para as fazendas. Ela
foi onde as pessoas são mais necessitadas, onde a palavra de Deus é escassa,
onde a idolatria impera.
E Deus a está recompensando
com muitas riquezas espirituais, saúde, força e habilidade de pregar a palavra.
E você? Que fará nas
próximas férias?
Finalizo, com as palavras de
Deus ditas a Jonas:
“Disse o Senhor: Tiveste
compaixão da aboboreira que não te custou trabalho, a qual não fizeste crescer.
Numa noite ela nasceu, e numa noite pereceu. Mas em Nínive há mais de cento e
vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda, e
também muito gado. Não hei de eu ter compaixão dessa grande cidade?”
Fernando Paulo Ferreira
22/07/2012
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