Rev. Hernandes Dias Lopes
Jesus concluiu sua obra na cruz. Triunfou sobre o diabo e suas hostes e
levou sobre si os nossos pecados. Agora, comissiona sua igreja a levar essa
mensagem ao mundo inteiro. O projeto de Deus é o evangelho todo, por toda a
igreja, a toda criatura, em todo o mundo. Três verdades devem ser destacadas
sobre a evangelização.
1. A evangelização é ordem de Deus. O mesmo Deus que nos
alcançou com a salvação, comissiona-nos a proclamar a salvação pela graça
mediante a fé em Cristo. Todo alcançado é um enviado. Deus nos salvou do mundo
e nos envia de volta ao mundo, como embaixadores do seu reino. Jesus disse para
seus discípulos que assim como o Pai o havia enviado, também os enviava ao
mundo. Isso fala tanto de estratégia como de ação. Jesus não trovejou do céu
palavras de salvação; ele desceu até nós. A Palavra se fez carne; o Verbo de
Deus vestiu pele humana. A evangelização não é uma tarefa centrípeta, para
dentro; mas centrífuga, para fora. Não são os pecadores que vêm à igreja, mas é
a igreja que vai aos pecadores. Deus tirou a igreja do mundo (no sentido ético)
e a enviou de volta ao mundo (no sentido geográfico). Não podemos nos esconder,
confortavelmente, dentro dos nossos templos. Precisamos sair e ir lá fora, onde
os pecadores estão. Jesus, antes de voltar ao céu e derramar seu Espírito, deu
a grande comissão aos seus discípulos. Essa grande comissão está registrada nos
quatro evangelhos e também no livro de Atos. Não evangelizar é um pecado de
negligência e omissão. Na verdade, é uma conspiração contra uma ordem expressa
de Deus.
2. A evangelização é tarefa da igreja. Nenhuma outra
entidade na terra tem competência e autoridade para evangelizar, exceto a
igreja. A igreja é o método de Deus. Não podemos nos calar nem nos omitir. Se o
ímpio morrer na sua impiedade, sem ouvir o evangelho, Deus vai requer de nós, o
sangue desse ímpio. Em 1963, quando John Kennedy foi assassinado em Dalas, no
Texas, em doze horas, a metade do mundo ficou sabendo de sua morte. Jesus
Cristo, o Filho de Deus, morreu na cruz, pelos nossos pecados, há dois mil anos
e, ainda, quase a metade do mundo, não sabe dessa boa notícia. O que nos falta
não é comissionamento, mas obediência. O que nos falta não é conhecimento, mas
paixão. O que nos falta não é método, mas disposição. Encontramos o Messias, e
não temos anunciado isso às outras pessoas. Encontramos o Caminho e não temos
avisado isso aos perdidos. Encontramos o Salvador e não proclamamos isso aos
pecadores. Encontramos a vida eterna e não temos espalhado essa maior notícia
aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Precisamos erguer nossos olhos
e ver os campos brancos para a ceifa. Precisamos ter visão, paixão e
compromisso. Precisamos investir recursos, talentos e a nossa própria vida
nessa causa de consequências eternas.
3. A evangelização é uma necessidade do mundo. O evangelho
de Cristo é o único remédio para a doença do homem. O pecado é uma doença
mortal. O pecado é pior do que a pobreza. É mais grave do que o sofrimento. É
mais dramático do que a própria morte. Esses males todos, embora sejam tão
devastadores, não podem afastar o homem de Deus. Mas, o pecado afasta o homem
de Deus no tempo, na história e na eternidade. Não há esperança para o mundo
fora do evangelho. Não há salvação para o homem fora de Jesus. As religiões se
multiplicam, mas a religião não pode levar o homem a Deus. As filosofias
humanas discutem as questões da vida, mas não têm respostas que satisfazem a
alma. As psicologias humanas levam o homem à introspecção, mas nas recâmaras da
alma humana não há uma fresta de luz para a eternidade. O mundo precisa de
Cristo; precisa do evangelho. Chegou a hora da igreja se levantar, no poder do
Espírito Santo e proclamar que Cristo é o Pão do céu para os famintos, a Água
viva para os sedentos e a verdadeira Paz para os aflitos. Jesus é o Salvador do
mundo!
Fonte: Boletim nº 157 (recebido por e-mail)
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