Rev. Hernandes Dias Lopes
O povo de Deus não tem apenas expectativa da glória, tem garantia dela. A
glória não é uma conquista das obras, mas uma oferta da graça. O apóstolo Pedro
trata deste momentoso assunto em sua Primeira Carta e nos ensina quatro
grandiosas lições.
1. O crente é nascido para a glória (1Pe
1.3,4) – Nós fomos regenerados para uma viva esperança, mediante a
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Nascemos para uma herança
incorruptível, sem mácula, e imarcescível, que está reservada nos céus para nós.
Nascemos de novo, de cima, do alto, de Deus, para buscarmos as coisas lá do
alto, onde Cristo vive. Não nascemos para o fracasso. Não nascemos para o
cativeiro. Não nascemos para amar o mundo nem as coisas que há no mundo. Não
nascemos para fazer a vontade da carne nem para andar segundo o príncipe da
potestade do ar. Nascemos para as coisas mais elevadas. Nascemos para a glória!
2. O crente é guardado para a glória (1Pe 1.5) – Neste
mundo cruzamos vales profundos, atravessamos pinguelas estreitas, palmilhamos
desertos tórridos, enfrentamos inimigos cruéis. Essa caminhada rumo à glória não
é amena. A vida cristã não se assemelha a um parque de diversões. Ao contrário,
é luta sem pausa contra as trevas; é luta titânica contra o mal. Nessa caminhada
rumo à glória pisamos estradas juncadas de espinhos e suportamos muitas
aflições. Porém, Deus nunca nos desampara. Ele nunca nos abandona à nossa
própria sorte. O apóstolo Pedro escreve: “vós sois guardados pelo poder de Deus,
mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe
1.5). Louvado seja Deus, pois nascemos para a glória e somos guardados para ela.
Vamos caminhando em sua direção de força em força, de fé em fé, sendo
transformados de glória em glória.
3. O crente está sendo
preparado para a glória (1Pe 1.6,7) – O crente exulta com a certeza da
glória, mesmo sabendo que no caminho para ela é contristado por várias provações
(1Pe 1.6). Nossa fé é um dom gratuito de Deus a nós, mas não é uma fé barata.
Ela é mais preciosa do que ouro depurado pelo fogo (1Pe 1.7). Deus não apenas
nos destinou para a glória, mas também nos prepara para ela. Nessa jornada
bendita despojamo-nos continuamente dos trajos inconvenientes do pecado e nos
revestimos das virtudes de Cristo. Deus não apenas nos destinou para a glória,
mas também está nos transformando à imagem do Rei da glória (Rm 8.29). Estamos
sendo preparados para sermos apresentados ao Noivo, como uma noiva pura,
imaculada, santa e sem defeito. Isso redundará em louvor, glória e honra na
revelação de Jesus Cristo.
4. O crente já se regozija na glória
desde agora (1Pe 1.8,9) – Agora vivemos por fé e não pelo que vemos.
Agora caminhamos sustentados pelo bordão da esperança de que Aquele que fez a
promessa é fiel. É preciso dizer em alto e bom som que essa caminhada rumo à
glória não é feita com gemidos e lamentos. Não cruzamos esse deserto rumo à
terra prometida murmurando, assaltados por avassaladora tristeza. Ao contrário,
há um cântico de júbilo em nosso peito. Há um grito de triunfo em nossos lábios.
Há uma alegria indizível e cheia de glória transbordando do nosso coração. Assim
escreve o apóstolo Pedro: “A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo
agora, mas crendo, exultais, com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o
fim da vossa fé: a salvação da vossa alma” (1Pe 1.8,9). A alegria indizível e
cheia de glória não é apenas uma promessa para a vida futura, mas um legado para
o tempo presente. O evangelho que abraçamos é boa nova de grande alegria. O
Reino de Deus que está dentro de nós é alegria no Espírito Santo. O fruto do
Espírito é alegria e a ordem de Deus para a igreja é: “Alegrai-vos sempre no
Senhor” (Fp 4.4). Que Deus inunde nossa alma dessa bendita alegria. Que as
glórias inefáveis da Glória por vir já sejam desfrutadas por nós, aqui e agora,
enquanto marchamos rumo à posse definitiva dessa mui linda
herança.
Fonte: Boletim n° 148 (recebido por e-mail)
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