Pr. Airton
Evangelista da Costa
SER EVANGÉLICO, ou melhor,
freqüentar igrejas evangélicas continua sendo uma boa opção para muitos. O termo
“protestante” está em desuso. Os evangélicos não convertidos ou num
lento processo de libertação, que tentarei identificar, odeiam protestar contra
qualquer coisa. Quais suas principais características?
Sabem que possuem
um conhecimento superficial da Palavra, mas nada fazem para superar essa
deficiência. Às vezes, se mostram curiosos por conhecer detalhes da Bíblia -
“Quantos anos viveu Moisés?”; “Por que Deus não prende logo satanás e seus
anjos?”- mas longe estão de pesquisar e meditar.
São facilmente
manipulados pelas seitas; são propensos a acreditar no
“outro evangelho”; não conseguiram se libertar da idolatria da igreja
tradicional; trocaram as imagens pelos amuletos: um lençol, um cajado, um
punhado de sal, um copo dágua.
Mudam com
freqüência de igreja. Procuram uma que se adapte ao seu modo de pensar e agir.
São pouco dados à
contestação de desvios doutrinários. Alegam que devemos respeitar as opiniões
dos outros. Para os pecados, alegam que todos somos pecadores, que ninguém pode
atirar a primeira pedra, que Deus conhece nossas fraquezas: “Ele sabe que sou
fraco”. São desculpas para o pecado consciente e continuado.
Por não conhecerem
a Palavra, não dão o devido valor à defesa dos princípios cristãos, dos valores
éticos e morais. Fogem a essas discussões: “Todo mundo faz”; “cada um por si e
Deus por todos”; “vivo a minha vida, dou esmolas, vou à igreja aos domingos, dou
minha oferta”. Nem fedem, nem cheiram.
Raramente
participam dos trabalhos da igreja. Não evangelizam, não freqüentam círculos de
oração, não louvam, não pregam, não freqüentam escolas bíblicas.
O nome
“evangélico” soa muito bem em seus lábios. Esse vocábulo tem uma sonoridade toda
especial. De quando em vez, artistas do rebolado e figuras televisivas se
apresentem ostentando a bandeira evangélica.
Satisfazem-se em
saber que a mulher do governador é evangélica; o prefeito é evangélico; o
deputado tal é evangélico, mas evitam o “desgaste” de afirmar que sua auxiliar
doméstica é evangélica. Esta não é sua irmã em Cristo. Não freqüentam
a mesma igreja, a igreja da elite. Dizer que o camelô da esquina é seu irmão de
fé? Nem pensar.
“Este povo
honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8).
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em
verdade” (1 Jo 3.18).
25.10.2010
Revisado/atualizado
em 09.01.2012
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